Cavalera quer continuar inovação com volumes e rendas

São Paulo - Em torno do lago do Museu do Ipiranga com calor de 30°C a Cavalera levou seus convidados para assistirem a uma coleção cheia de volumes e rendas, estas, feitas por artesãs da Paraíba.

Só os tradicionais óculos usados pelos fashionistas não foram suficientes para fugir do sol, por isso, a pedida foram as sombrinhas distribuídas pela organização. Essa saída acabou dando um toque colorido na platéia porque os guarda-chuvas eram coloridos e metalizados em tons de verde, bege, azul e rosa.

Ainda no quesito inovações de cenário, a Cavalera colocou 33 ilustradores em diversos pontos do desfile, todos vestidos com macacões laranja e, eles deveriam criar, a partir de seu olhar pessoal, trabalhos que farão parte do material de divulgação da marca. "É como se a gente tivesse fazendo o papel de fotógrafo", explica o artista plástico carioca Marco Raphael, 35.

Se a idéia da Cavalera é sempre inovar, ela continua no caminho certo. Trouxe para a passarela muitos volumes, com tops plissados e saias godês. A silhueta vem alta e marcada com um largo cinto ou elastano nas laterais dos tops. Ainda falando em volume, a capa tipo poncho também aparece plissada e o toque final surge nos enormes laços nas costas dos looks.

O tradicional logo da marca, que geralmente vem estampado na coleção inteira, deu espaço para novas estampas como libélulas, listras e borboletas. A gola alta nos tops, mais uma vez aparece na temporada, e na Cavalera, vem maior e virada para fora.

Lembra do preto, que estava "fora de moda"? Pois é, ele vem com tudo no inverno. E a Cavalera aposta nele, e usa o preto em detalhes com costura dourada. As bermudas permanecem na próxima estação, soltinhas na região da coxa e ficam bem justas na altura do joelho. Já a tradicional linha de jeanswear surge em tom escuro, mas continua com corte reto e justo.