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Livedoor, do Japão, diz que não violou leis durante aquisição
A Livedoor, foco de uma investigação que causou caos no mercado de ações de Tóquio esta semana, anunciou nesta quinta-feira que acredita não ter violado as regras de informação obrigatória durante a aquisição de uma editora em 2004.
O portal de Internet, até recentemente uma empresa de alto desempenho, divulgou o comunicado enquanto surgiam notícias de que um executivo de um banco de investimentos que havia trabalhado para a emprese aparentemente se suicidou depois de ser interrogado pela polícia.
Investigadores da promotoria pública de Tóquio e da Securities and Exchange Surveillance Commission realizaram buscas nos escritórios da Livedoor na segunda-feira, devido a suspeitas de que a empresa havia divulgado falsas informações aos investidores.
Os efeitos da investigação sobre a Livedoor levaram ao fechamento antecipado do pregão de Tóquio na quarta-feira, depois que uma onda de ordens de vendas tomou o mercado, ameaçando superar a capacidade do sistema de computadores da bolsa.
O índice médio Nikkei 225 se recuperou na quinta-feira, fechando em alta de 2,3 por cento, seu maior ganho percentual diário nos últimos três meses.
Fontes familiarizadas com a investigação dizem que ela estava inicialmente centrada na possibilidade de que a Livedoor e sua subsidiária Livedoor Marketing tivessem declarado informações enganosas sobre a aquisição da editora Money Life por uma predecessora da Livedoor Marketing.
A Livedoor e a Livedoor Marketing informam no comunicado que acreditam que não tinham obrigação de revelar a aquisição da Money Life quando seu controle foi tomado por um fundo de investimento associado à Livedoor, porque o fundo não era diretamente controlado pela divisão financeira do grupo, a Livedoor Finance.
Mesmo que a Money Life fosse tratada como parte do grupo, afirmaram, era improvável que tivessem a obrigação de revelar a aquisição inicial pelo fundo, sob as regras da bolsa de Tóquio. A Livedoor Marketing posteriormente adquiriu a Money Life do fundo e revelou a aquisição.
Reportagens na imprensa japonesa afirmam que a Livedoor pode ter suas ações excluídas da bolsa como resultado das investigações, mas a bolsa de Tóquio negou que estivesse contemplando essa medida no momento.
As ações da Livedoor fecharam em 416 ienes, depois de cair ao limite máximo diário de baixa permissível, 80 ienes. Os papéis da empresa perderam cerca de 40 por cento de seu valor, o que reduziu o valor de mercado da empresa em 2,6 bilhões de dólares, ante a capitalização de mercado de 6,3 bilhões de dólares que ela tinha antes das notícias sobre a investigação, na segunda-feira.
A Livedoor, conhecida por sua estratégia agressiva de aquisições, cresceu rapidamente e acumulou um império com cerca de 50 empresas relacionadas à Internet, software a serviços financeiros online.
Para o ano encerrado em 30 de setembro, a Livedoor reportou lucro líquido mais de três vezes superior ao ano anterior, alcançando os 15,48 bilhões de ienes (134,4 milhões de dólares), com alta de 154 por cento no faturamento, para 78,42 bilhões de ienes. (Por Yukari Iwatani Kane, com informações adicionais de Osamu Tsukimori, Mariko Katsumura e Teruaki Ueno, edição em português de Claudia Amanda)
Investigadores da promotoria pública de Tóquio e da Securities and Exchange Surveillance Commission realizaram buscas nos escritórios da Livedoor na segunda-feira, devido a suspeitas de que a empresa havia divulgado falsas informações aos investidores.
Os efeitos da investigação sobre a Livedoor levaram ao fechamento antecipado do pregão de Tóquio na quarta-feira, depois que uma onda de ordens de vendas tomou o mercado, ameaçando superar a capacidade do sistema de computadores da bolsa.
O índice médio Nikkei 225 se recuperou na quinta-feira, fechando em alta de 2,3 por cento, seu maior ganho percentual diário nos últimos três meses.
Fontes familiarizadas com a investigação dizem que ela estava inicialmente centrada na possibilidade de que a Livedoor e sua subsidiária Livedoor Marketing tivessem declarado informações enganosas sobre a aquisição da editora Money Life por uma predecessora da Livedoor Marketing.
A Livedoor e a Livedoor Marketing informam no comunicado que acreditam que não tinham obrigação de revelar a aquisição da Money Life quando seu controle foi tomado por um fundo de investimento associado à Livedoor, porque o fundo não era diretamente controlado pela divisão financeira do grupo, a Livedoor Finance.
Mesmo que a Money Life fosse tratada como parte do grupo, afirmaram, era improvável que tivessem a obrigação de revelar a aquisição inicial pelo fundo, sob as regras da bolsa de Tóquio. A Livedoor Marketing posteriormente adquiriu a Money Life do fundo e revelou a aquisição.
Reportagens na imprensa japonesa afirmam que a Livedoor pode ter suas ações excluídas da bolsa como resultado das investigações, mas a bolsa de Tóquio negou que estivesse contemplando essa medida no momento.
As ações da Livedoor fecharam em 416 ienes, depois de cair ao limite máximo diário de baixa permissível, 80 ienes. Os papéis da empresa perderam cerca de 40 por cento de seu valor, o que reduziu o valor de mercado da empresa em 2,6 bilhões de dólares, ante a capitalização de mercado de 6,3 bilhões de dólares que ela tinha antes das notícias sobre a investigação, na segunda-feira.
A Livedoor, conhecida por sua estratégia agressiva de aquisições, cresceu rapidamente e acumulou um império com cerca de 50 empresas relacionadas à Internet, software a serviços financeiros online.
Para o ano encerrado em 30 de setembro, a Livedoor reportou lucro líquido mais de três vezes superior ao ano anterior, alcançando os 15,48 bilhões de ienes (134,4 milhões de dólares), com alta de 154 por cento no faturamento, para 78,42 bilhões de ienes. (Por Yukari Iwatani Kane, com informações adicionais de Osamu Tsukimori, Mariko Katsumura e Teruaki Ueno, edição em português de Claudia Amanda)
Fonte:
Reuters
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/323966/visualizar/
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