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Internacional
Quinta - 19 de Janeiro de 2006 às 10:19

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Pequim - Em 2005, a China proibiu a circulação de 79 jornais e 169 revistas, como parte de uma campanha para "purificar" o mercado cultural e acabar com a pornografia e a pirataria, segundo dados oficiais divulgados pela imprensa local.

"Os diferentes departamentos devem desmantelar com severidade as publicações ilegais, purificar o mercado cultural, atacar de forma efetiva a pirataria e reforçar a proteção da propriedade intelectual", disse Liu Yunshan, diretor do Departamento de Publicidade do Comitê Central do Partido Comunista da China (PCCh).

Também foram fechadas 17 linhas de produção de discos piratas e proibidos 50 softwares para jogos digitais, informou a agência oficial de notícias Xinhua. "Através deste trabalho assustamos os que se dedicam às atividades piratas e estabelecemos uma boa imagem do governo chinês quanto à proteção da propriedade intelectual", ressaltou Liu.

As organizações de direitos humanos consideram, no entanto, que a campanha serviu como desculpa para redobrar a pressão sobre os meios de comunicação que não são ligados ao governo. Em comunicado, organização Repórteres Sem Fronteiras (RSF) pediu a libertação de três jornalistas condenados após escrever sobre um confisco ilegal de terras na província de Zhejiang (sudeste).

"Enquanto Liu Yunshan elogiava seu departamento de publicidade por fechar 79 publicações no ano passado, as penas de prisão impostas a estes três jornalistas indicam que a luta contra a pornografia e a pirataria é só um pretexto", ressaltou a organização.





Fonte: EFE

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