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Polícia Brasil
Quinta - 19 de Janeiro de 2006 às 09:27

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A auditoria que investiga o procedimento de transferência de dois bebês prematuros por transporte aéreo no ano passado foi concluída. Os bebês estavam em um avião que vinha de Sinop para Cuiabá e sofreu um acidente. O piloto e um dos bebês morreram.

De acordo com os dados da sindicância, durante a auditoria foram detectadas três irregularidades por parte da empresa contratada para transportar os recém-nascidos. O transporte deveria ser terrestre, mas foi aéreo; havia um técnico em enfermagem no lugar de um enfermeiro; e o serviço foi terceirização. A análise dos documentos demonstrou que houve quebra de contrato.

"A Secretaria já encaminhou o processo à área jurídica e também à comissão processante para que se fizesse uma análise de cobrança de multa, assim como a restituição ao SUS de todos os gastos que foram feitos junto às vítimas do acidente", disse o secretário adjunto de Saúde do Estado, Carlos Capistrano.

O acidente aconteceu no dia 5 de setembro do ano passado. No avião terceirizado estavam seis pessoas. O piloto, um médico, um técnico em enfermagem, dois bebês prematuros e a mãe das crianças. O monomotor caiu a 20 quilômetros de Sinop quando trazia as crianças para uma UTI neo-natal. O piloto Ademar Maciel e um dos bebês morreram. A aeronave não tinha autorização do Departamento de Aviação Civil para fazer o transporte dos pacientes.

"O contrato prevê dentre outras possibilidades a inserção administrativa de uma multa de 10% e também a possibilidade, após a análise e a conclusão dos trabalhos da comissão processante, da inabilidade da empresa em participar de novos certames licitatórios com a Secretaria de Estado de Saúde e, como consequência, com o Governo do Estado", explicou o auditor do SUS em exercício, Eriberto Francisco da Cruz.

Por meio da assessoria de imprensa, a empresa Help Vida informou que ainda não foi notificada da decisão. Mas, por considerar que todas as atitudes foram tomadas para agilizar o atendimento aos bebês, a empresa pretende recorrer da decisão.





Fonte: RMT Online

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