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Tzipi Livni: estrela ascendente da política de Israel
Tzipi Livni, que foi escolhida nesta quarta-feira para o posto de ministra das Relações Exteriores, é a segunda mulher na história do país a ocupar o cargo e a estrela ascendente do novo partido Kadima do primeiro-ministro Ariel Sharon, que está internado em coma após sofrer uma grave hemorragia cerebral.
Livni - de 47 anos, casada e mãe de dois filhos - sucede na chancelaria Sylvan Shalom, número dois do Likud, o principal partido da direita nacionalista, que na sexta-feira apresentou sua demissão.
Esta advogada, ministra da Justiça há um ano, será agora a segunda mulher a dirigir a diplomacia israelense, depois de Golda Meir, que foi chanceler de 1956 a 1965 antes de ser converter em primeira-ministra (1969-1974).
Jurista incisiva e apreciada pelo Parlamento, Livni cresceu rapidamente dentro da política israelense, apesar de sua entrada tardia no meio, graças à confiança de Sharon, de quem foi sempre uma das mais fiéis partidárias.
Desta forma, quando o primeiro-ministro abandonou o Likud, em novembro de 2005, ela não teve dúvidas em segui-lo na nova formação de centro, o Kadima - ''Avante'' em hebraico.
Contudo, não foi uma decisão fácil para uma mulher que cresceu à sombra do Likud, acreditando firmemente em um ''Grande Israel'' com a Cisjordânia e a Faixa de Gaza anexadas. Seu pai também foi deputado após ter sido companheiro de armas do ex-primeiro-ministro Menahem Begin, quando este liderava o Irgun, a organização judaica clandestina que lutava contra britânicos e palestinos antes da criação do Estado de Israel em 1948.
Após cumprir o serviço militar com grau de tenente, Livni estudou Direito para, posteriormente, trabalhar no Departamento Jurídico do Mossad, o serviço secreto israelense, de 1980 a 1984. Em seguida passou a dirigir um grupo de advogados especializados em Direito público e comercial. Eleita deputada pelo Likud em 1999, chegou ao cargo de ministra da Cooperação Regional em março de 2001.
Em fevereiro de 2003 passou a ser ministra da Integração, responsável pela imigração no território israelense e, em dezembro de 2004, foi nomeada também responsável pela pasta da Justiça.
Sempre fiel a Sharon, Livni apoiou a retirada dos colonos e do Exército da Faixa de Gaza, que foi encerrada em setembro de 2005, pondo fim a 38 anos de domínio israelense. E, da mesma forma que o primeiro-ministro, também passou a ser favorável à criação de um Estado palestino separado, renunciando assim ao sonho do ''Grande Israel'', mas sem abrir mão de Jerusalém Oriental e das colônias israelenses na Cisjordânia.
Nos últimos meses se mostrou ativamente oposta à participação do Hamas nas legislativas palestinas de 25 de janeiro.
Segundo Livni, essa participação é contrária ao acordo israelense-palestino de Oslo, em 1993, já que o movimento radical não renunciou a tentar destruir Israel. ms/pa/as/fp AFP 181058 JAN 06
Esta advogada, ministra da Justiça há um ano, será agora a segunda mulher a dirigir a diplomacia israelense, depois de Golda Meir, que foi chanceler de 1956 a 1965 antes de ser converter em primeira-ministra (1969-1974).
Jurista incisiva e apreciada pelo Parlamento, Livni cresceu rapidamente dentro da política israelense, apesar de sua entrada tardia no meio, graças à confiança de Sharon, de quem foi sempre uma das mais fiéis partidárias.
Desta forma, quando o primeiro-ministro abandonou o Likud, em novembro de 2005, ela não teve dúvidas em segui-lo na nova formação de centro, o Kadima - ''Avante'' em hebraico.
Contudo, não foi uma decisão fácil para uma mulher que cresceu à sombra do Likud, acreditando firmemente em um ''Grande Israel'' com a Cisjordânia e a Faixa de Gaza anexadas. Seu pai também foi deputado após ter sido companheiro de armas do ex-primeiro-ministro Menahem Begin, quando este liderava o Irgun, a organização judaica clandestina que lutava contra britânicos e palestinos antes da criação do Estado de Israel em 1948.
Após cumprir o serviço militar com grau de tenente, Livni estudou Direito para, posteriormente, trabalhar no Departamento Jurídico do Mossad, o serviço secreto israelense, de 1980 a 1984. Em seguida passou a dirigir um grupo de advogados especializados em Direito público e comercial. Eleita deputada pelo Likud em 1999, chegou ao cargo de ministra da Cooperação Regional em março de 2001.
Em fevereiro de 2003 passou a ser ministra da Integração, responsável pela imigração no território israelense e, em dezembro de 2004, foi nomeada também responsável pela pasta da Justiça.
Sempre fiel a Sharon, Livni apoiou a retirada dos colonos e do Exército da Faixa de Gaza, que foi encerrada em setembro de 2005, pondo fim a 38 anos de domínio israelense. E, da mesma forma que o primeiro-ministro, também passou a ser favorável à criação de um Estado palestino separado, renunciando assim ao sonho do ''Grande Israel'', mas sem abrir mão de Jerusalém Oriental e das colônias israelenses na Cisjordânia.
Nos últimos meses se mostrou ativamente oposta à participação do Hamas nas legislativas palestinas de 25 de janeiro.
Segundo Livni, essa participação é contrária ao acordo israelense-palestino de Oslo, em 1993, já que o movimento radical não renunciou a tentar destruir Israel. ms/pa/as/fp AFP 181058 JAN 06
Fonte:
AFP
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/324160/visualizar/
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