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Internacional
Quarta - 18 de Janeiro de 2006 às 08:32

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Doadores da comunidade internacional prometeram 1,9 bilhão de dólares para um fundo global de combate à gripe aviária, disse o comissário da Saúde da União Européia (UE), Markos Kyprianou, na quarta-feira, depois de uma conferência realizada em Pequim. O valor ultrapassa a meta inicial do encontro. O Banco Mundial esperava que a conferência levantasse ao menos 1,2 bilhão de dólares.

Os EUA responderam com uma promessa de cerca de 334 milhões de dólares, afirmando em um comunicado que o dinheiro deveria vir principalmente na forma de doações e de assistência técnica. O total prometido pela UE foi de quase 250 milhões de dólares.

Segundo estimativas do Banco Mundial, uma pandemia que dure um ano pode custar à economia mundial até 800 bilhões de dólares. Em todo o mundo, milhões de pessoas podem morrer se o vírus H5N1 (da gripe aviária) sofrer mutações que o capacitem a disseminar-se facilmente entre a população do globo.

Economias de vários países sofreriam os efeitos negativos da pandemia durante semanas ou meses.

"O total pedido é pequeno se comparado com o custo de uma pandemia para a qual não estaríamos preparados", disse na conferência, por meio de um pronunciamento feito por vídeo, Kofi Annan, secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU).

O vírus matou ao menos 79 pessoas desde 2003, a maior parte delas no leste da Ásia, e os governos dos países afetados apelaram à comunidade internacional para que intensificasse as ações de combate ao H5N1, incluindo fornecer dinheiro para indenizar os proprietários de aves sacrificadas.

A doença já chegou à Turquia e é endêmica em partes da Ásia, onde continua a matar pessoas e a contaminar animais.

Um menino da Indonésia morreu na terça-feira e estava sendo submetido a testes para descobrir se havia sido contaminado pela gripe aviária. A irmã dele de 13 anos de idade morreu devido ao vírus, mostraram testes realizados pelo país.

A Turquia confirmou seu 21o. caso da doença em seres humanos, chamando atenção para a necessidade urgente de melhorar os serviços de saúde animal e humana em países pobres.

A Indonésia confirmou a morte de 12 pessoas em virtude do H5N1 e identificou a doença em mais cinco cidadãos do país que sobreviveram. Esses números não incluem três mortes recentes que ainda são investigadas.

O Banco Mundial ofereceu 500 milhões de dólares em uma linha de crédito e o presidente da entidade, Paul Wolfowtiz, disse que mais recursos eram necessários urgentemente.

"Sabemos, com base em nossa experiência, que, se a comunidade internacional não der apoio a essas medidas de controle agora, o custo potencial para o mundo seria muito maior no longo prazo", disse.

A Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO) afirmou que o dinheiro era necessário antes de o vírus ser capaz de provocar uma pandemia, argumentando que o risco de surtos entre os seres humanos poderia ser diminuído se a doença fosse combatida de forma apropriada nas galinhas e patos.





Fonte: Reuters

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