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Internacional
Quarta - 18 de Janeiro de 2006 às 08:30

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Os engenheiros da Agência Espacial Americana (Nasa) tentarão lançar novamente hoje a sonda Novos Horizontes, que vai explorar pela primeira vez de perto o planeta Plutão e seus satélites, depois que o forte vento obrigou a adiar sua decolagem na terça-feira. A última previsão do Serviço Meteorológico Nacional assinala que o dia de hoje na região de Cabo Canaveral, no sul da Flórida, será caracterizado por céus abertos e pouco vento, com uma temperatura média de 24 graus centígrados.

Por isso, fontes da Nasa assinalaram que esperam que as condições meteorológicas se mantenham para o lançamento, num horário previsto entre as 18h16 e as 20h15 GMT (entre as 16h16 e as 18h15 de Brasília).

O começo da primeira missão espacial a Plutão estava previsto para as 18h24 GMT (16h24 de Brasília) de ontem, mas teve de ser atrasado em várias ocasiões à espera de que as fortes rajadas de vento diminuíssem nos arredores da rampa de lançamento do Centro Espacial Kennedy, de Cabo Canaveral.

Mas, pelo contrário, as rajadas aumentaram e superaram os limites de segurança, o que obrigou a Nasa a adiar o lançamento do foguete Atlas V, que, impulsionado por combustível nuclear, levará a cápsula Novos Horizontes.

Esse foi o único problema e o foguete instalado na plataforma 41 não sofreu problemas de nenhum tipo, informou a Nasa em comunicado.

As condições tempestuosas diminuíram consideravelmente nas últimas horas e espera-se que hoje não haja problemas, disseram fontes da agência espacial.

Com um custo de cerca de US$ 650 milhões, a missão da Novos Horizontes será desvendar, pela primeira vez na história espacial, os segredos do planeta Plutão e de sua lua Caronte, assim como de dois satélites descobertos no ano passado.

Caso o lançamento seja feito hoje, a cápsula chegará a seu destino final em 2015, após uma travessia a quase 50 mil km/h, e terá percorrido quase cinco bilhões de quilômetros numa viagem que atravessará todo o Sistema Solar.

Essa missão tem especial importância para a Nasa porque, ao contrário das outras realizadas aos demais planetas com foguetes impulsionados por combustível de oxigênio ou hidrogênio, nesta ocasião a energia do foguete impulsor é nuclear.

Colleen Hartman, da direção científica da Nasa, disse que isto transformará a cápsula "na nave mais rápida" da história da prospecção espacial, acrescentando que a Novos Horizontes só vai demorar nove horas para chegar à Lua.

Em contraste, as naves do programa Apolo, nos anos 60 e 70, demoraram três dias para chegar à Lua.

Além de Plutão, de Caronte e dos outros dois satélites, a sonda também estudará o "cinto de Kuiper", uma massa de asteróides compostos principalmente por gelo que existe nos extremos do Sistema Solar.





Fonte: EFE

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