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Saúde
Quarta - 18 de Janeiro de 2006 às 07:50

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Os benefícios do consumo regular de aspirina diferem entre homens e mulheres. Neles, diminui o risco de ataque cardíaco; nelas, reduz os problemas de acidentes vasculares cerebrais, disseram pesquisadores na terça-feira.

Uma análise de seis estudos anteriores concluiu que o uso regular da aspirina reduz em 17 por cento entre as mulheres o risco de derrames cerebrais, sem qualquer influência sobre a probabilidade de ataques cardíacos ou morte por doenças cardiovasculares.

Já entre os homens, a aspirina reduz a chance de ataque cardíaco em 32 por cento, sem influência sobre a incidência de derrames ou mortes cardiovasculares.

"Essa é uma boa notícia, porque muitos dos estudos anteriores sobre o efeito da aspirina na prevenção dos problemas cardiovasculares olhavam apenas para os homens, então os médicos relutavam em prescrever aspirina para mulheres, por causa da falta de dados", disse o autor do estudo, Jeffrey Berger, da Universidade Duke, de Durham, Carolina do Norte.

Agora, os médicos poderão recomendar aspirinas a mulheres, embora tenha acrescentado que "mais pesquisa é necessária para melhor compreender as diferenças (de gênero) na resposta cardiovascular à aspirina". No geral, as mulheres que ingerem doses menores de aspirina tinham um risco 12 por cento menor de sofrerem um ataque cardíaco, derrame ou morte por doença cardiovascular.

A aspirina é frequentemente recomendada para pessoas que já sofrem de doenças cardíacas, mas os estudos que Berger analisou incluíam 95.456 participantes sem problemas cardíacos anteriores.

Grande parte da pesquisa, publicada na edição desta semana da Revista da Associação Médica Americana, foi feita enquanto Berger trabalhava no Centro Médico Beth Israel, em Nova York. Ele alertou que, embora a aspirina tenha claros benefícios, também acarreta o risco de sangramento gastrointestinal e não deve "nunca substituir outras formas de redução dos riscos cardiovasculares, como uma dieta adequada e exercícios".

Consultar um médico pode afastar os riscos para cerca de 5 por cento da população propensa a hemorragias e reações alérgicas à aspirina. O uso rotineiro da aspirina durante uma média de 6,4 anos levou a 2,5 importantes eventos hemorrágicos em cada 1.000 mulheres no estudo e 3 eventos para cada 1.000 homens.




Fonte: Reuters

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