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Internacional
Terça - 17 de Janeiro de 2006 às 23:17

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A defesa do ex-presidente peruano Alberto Fujimori entrou hoje com um recurso extraordinário no Jurado Nacional Eleitoral para que a entidade revise a decisão judicial que considerou inválida a candidatura presidencial do ex-governante. O advogado César Nakasaki disse à EFE que o recurso constitui "a última tentativa", já "todas as instâncias foram esgotadas" para que Fujimori consiga se candidatar nas eleições presidenciais de abril.

O "recurso extraordinário" é uma norma criada pelo júri eleitoral há três meses. "É uma espécie de ação de amparo vinculada ao direito processual eleitoral", resumiu Nakasaki.

A defesa de Fujimori espera que o mais importante tribunal eleitoral do Peru examine a decisão judicial ditada no último final de semana, que rejeitou em segunda instância a solicitação de inscrição da lista liderada pelo ex-chefe de Estado (1990-2000).

Nakasaki disse que os magistrados do Jurado Nacional Eleitoral evitaram se pronunciar sobre a legalidade da inabilitação para cargos públicos imposta contra Fujimori, anunciada no ato de rejeição da candidatura, apesar de terem condições para isso.

O advogado chamou a atenção para a atitude dos magistrados eleitorais que, na sua opinião, se abstiveram de examinar a legalidade da sanção contra Fujimori, após sua renúncia à Presidência em 2000, porque "sabem que temos a razão".

Nakasaki reiterou que o ex-governante não teve acesso a uma equipe de defesa nas condições que deveria no julgamento político que decidiu pela sua inabilitação até 2011.

O advogado disse que se o júri também indeferir este último recurso apresentado, começaria a campanha eleitoral da legisladora Martha Chávez, que pretende atrair os eleitores do "fujimorismo" sob uma fórmula alternativa no processo de votação peruano.

Fujimori, detido desde o último dia 7 de novembro no Chile, está respondendo a processo de extradição por causa de 12 julgamentos por crimes de lesa-humanidade e corrupção em aberto pela Justiça peruana.





Fonte: EFE

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