O presidente francês, François Hollande, traçou na segunda-feira (31) como grande objetivo para 2013 colocar um fim ao aumento do desemprego e começar uma redução do número de desempregados, ao mesmo tempo em que reconheceu que nos primeiros meses de seu mandato houve "sobressaltos e contratempos".
"2012 foi o ano em que iniciamos a recuperação, enquanto 2013 será o ano da mobilização de todos para conseguí-la", destacou Hollande no tradicional discurso presidencial de Nochevieja.
Hollande insistiu em que "todas as forças serão centradas no objetivo de inverter a curva do desemprego daqui a um ano" e para isso, lembrou dos instrumentos que seu governo está utilizando, como os "empregos do futuro", os "contratos de geração" e a reforma da formação profissional.
"Meu primeiro dever, meu único dever é que nosso país avance e que nossa juventude recupere a confiança", assinalou antes de justificar seu compromisso para "restabelecer (as) contas públicas" e a redução do endividamento.
Nesse sentido, Hollande afirmou que "cada euro que seja arrecadado, será acompanhado de uma luta drástica para reduzir os gastos públicos". O presidente não fez referência, em todo caso, à meta de deixar o déficit público em 2013 em 3% do Produto Interno Bruto (PIB).
Hollande admitiu que desde sua eleição, houve "sobressaltos e contratempos", e falou do imposto de 75% aos que ganham mais de um milhão de euros ao ano, que foi censurado pela Constituição.
O presidente socialista assegurou irá voltar a lutar por esse imposto fiscal.
Sobre a reforma laboral, Hollande disse que tem confiança na negociação que está sendo realizada pelos sindicatos e a patronal, que têm até janeiro como prazo.
Hollande, que pronunciou um discurso breve e solene de menos de dez minutos centrado na crise e na atualidade econômica, acrescentou que se não houver acordo entre as duas partes em janeiro, assumirá suas responsabilidades, o que dá a entender que o Executivo legislará.
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