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Nacional
Terça - 17 de Janeiro de 2006 às 09:36

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O prefeito de Cuiabá, Wilson Santos, depois de um período de 13 dias de descanso, não demonstrou maior preocupação com o problema político que eclodiu na sua ausência, com o rompimento de Carlos Brito com a administração municipal. Depois de receber relatórios dos secretários, anunciar que vai mudar o primeiro escalão, retornou aos trabalhos, estabelecendo como prioridade a questão do transporte coletivo. Precisamente, o reajuste das tarifas para o setor, emperradas em discussões sobre planilhas, denúncias e protestos.

Fontes do Palácio Alencastro admitem que a situação está se tornando insustentável. De um lado, os empresários insistem com o reajuste das passagens, que deveria ocorrer em dezembro, conforme o próprio prefeito havia anunciado. Mais tarde, pressionado, Santos decidiu “empurrar” a questão para o Aglomerado Urbano, que, por sua vez, sofre de letargia crônica, também emperrado por disputas políticas. De outros, os movimentos populares e parte da Câmara Municipal, contrários ao reajuste.

Nesta terça-feira, os vereadores Luiz Poção (PSDB), Domingos Sávio (PMDB) e Valter Rabelo (PMDB), que integraram a CPI dos Transportes Coletivos, pediram uma audiência com Wilson Santos para discutir o aumento do transporte coletivo. Eles dizem que os usuários já não sabe quem é que autoriza o aumento, ou o prefeito ou pessoas indicadas para compor o Conselho de Transportes Coletivos. Os três vereadores também aproveitariam a oportunidade para defender o trabalho de investigação que fizeram nas empresas e chegaram a conclusão que a tarifa deveria ser de R$ 0,81. Hoje, já é cobrado o dobro, R$ 1,60 e a tendência é que chegue a R$ 2,00. Os empresários, como não poderia deixar de ser, discordam das conclusões da CPI.

Santos, na avaliação da fonte palaciana, está em meio ao “fogo cruzado”, sem uma posição definida. O prefeito sustenta que não tem qualquer entendimento com os empresários do setor de transporte. No entanto, causou má impressão o fato de o prefeito ter anunciado, seis meses antes, que as tarifas sofreriam reajuste. “Ele mesmo construiu a pressão contra ele” – disse um interlocutor. Os empresários não querem mais esperar o reajuste. No entanto, a pressão popular tem sido fator decisivo.





Fonte: 24 Horas News

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