Nenê de Vila Matilde visa o heptacampeonato

A Nenê de Vila Matilde busca seu heptacampeonato no carnaval paulistano com o enredo Mamma Bahia ¿ Ópera Negra 'Lídia de Oxum'. O último título foi conquistado em 2001, quando a escola homenageou seu símbolo, a águia, com o samba Voei, voei. Na Vila aportei, onde me deram a coroa de rei.

Em 2006 a escola vai mostrar a Bahia desde o descobrimento até os dias atuais. As alas começam a desmembrar o enredo a partir do encontro das raças, quando os portugueses encontraram os índios e trouxeram negros escravos através do tráfico africano. O mito caramuru, o pau-brasil e o jesuítas também estão na primeira fase do enredo.

Depois a escola mostra a Bahia do século XVII, enfatizando a arquitetura, o ciclo da cana de açúcar e a chegada dos holandeses e espanhóis. O próximo passo é falar sobre a religião, o candomblé, que se fortificou no século XVIII.

Em seguida a Nenê mostra a importância do dia 2 de julho para a Bahia, data em que, no ano de 1823, forças brasileiras conseguem expulsar os portugueses do Brasil. Depois vem a abolição da escravatura, mas antes conta-se a história de Lídia de oxum, uma mestiça pivô do triângulo amoroso com o filho de um barão de cana de açúcar e um revolucionário escravo.

O desfile termina na Bahia atual, com a exibição dos resultados da influência africana sobre a cultura do estado. O carnavalesco da escola é André Machado e a Nenê entra na avenida na sexta-feira de carnaval, dia 24 de fevereiro, às 23h35.