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Mato Grosso comemora dez anos sem focos de aftosa
Dez anos atrás, no dia 16 de janeiro de 1996, surgia um foco de aftosa em uma propriedade rural em Colíder (648 km de Cuiabá, ao norte de Mato Grosso). O fato marcaria uma virada de página na história da pecuária mato-grossense. Desde então, o rebanho do Estado nunca mais foi atingido pela doença: dois anos antes, em 1994, produtores rurais já começavam a arregaçar as mangas e começar a investir em sanidade animal, com a criação do Fundo Emergencial da Febre Aftosa (Fefa). O trabalho surtiu efeito rapidamente, já que em 1995 haviam sido registrados 61 focos da doença.
Hoje, cada boi abatido significa também doses de vacina, cursos de capacitação para profissionais do Estado e até mesmo para pecuaristas bolivianos. Isto porque, cada vez que um animal é abatido em Mato Grosso ou destinado à engorda em outro Estado, o Fefa recolhe entre R$ 0,55 e R$ 0,80 por boi ou vaca. Em 2003, por exemplo, o Fundo investiu R$ 36 milhões em doses de vacina. Como reflexo, os índices de vacinação têm aumentado e estão cada vez mais próximos da meta de 100%. Em 2004, das 26.004.415 cabeças, 25.685.465 foram vacinadas contra a doença, o equivalente a um índice de 99%.
No ano em que Mato Grosso completa dez anos sem focos de aftosa, a Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato) coloca a questão sanitária na agenda do país e dos vizinhos do Mercosul, realizando o Encontro Internacional dos Negócios da Pecuária (Enipec), marcado para o período de 7 a 12 de maio em Cuiabá (MT). Na pauta do encontro estarão importantes discussões sobre sanidade animal, fator cada vez mais determinante para a abertura ou fechamento de portas no mercado internacional.
A Famato está investindo cerca de R$ 2 milhões no evento, que deverá reunir cerca de três mil participantes por dia. O Enipec será realizado juntamente com o XXXIII Congresso Brasileiro de Medicina Veterinária (Conbravet). A programação está sendo formatada por comissões de especialistas que querem garantir o enfoque sistêmico, atendendo às necessidades do setor desde a produção ao consumidor final.
O Enipec 2006 trará 39 palestras sobre 11 diferentes cadeias de produção animal. Entre elas, espaço separado para a bovinocultura de corte e de leite, cada uma com quatro palestras com os seguintes enfoques: perspectivas, gestão, comercialização e meio ambiente. Já o XXXIII Conbravet trará um curso de biossegurança voltado aos técnicos agropecuários e discussões sobre defesa sanitária animal em cadeias específicas como ovinocultura e aqüicultura. Novas doenças também entrarão em pauta, como a febre maculosa – palestra a ser conduzida por um representante do Ministério da Saúde.
A questão “aftosa” irá permear grande parte dos debates devido aos problemas advindos das causas e conseqüências do surgimento de 33 focos da doença em Mato Grosso do Sul, que levaram ao sacrifício de quase 25 mil animais, entre bovinos, ovinos, caprinos e suínos. O fato acabou afetando toda a pecuária nacional. Grande parte dos países que importam a carne brasileira acabou decretando embargos também a outros Estados, como Paraná e Mato Grosso, e a outras cadeias, como a suinocultura.
Pecuaristas mato-grossenses terão que aguardar doze meses para voltar a exportar para países como Rússia, Chile, Colômbia, Peru, Uruguai,Venezuela, Angola, África do Sul, Namíbia e Cuba. A medida atingiu em cheio os produtores rurais do Estado, já que 90% da carne produzida por eles têm como destino a exportação. Mato Grosso tem o certificado de livre de aftosa com vacinação desde 2001.
O Enipec propõe também mostras de novas tecnologias, já que melhorar a qualidade da produção também é um importante requisito para se consolidar no mercado. Na área externa do Centro de Eventos do Pantanal, onde será realizado o evento, o público poderá interagir na “Vitrine Tecnológica”, montada pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa).
No local, estarão expostas novas cultivares de forrageiras, tecnologias de nutrição animal e protótipos de sistemas de manejo do campo, com alternância de lavoura e pasto. Em outro ambiente, será organizada a “Clínica Tecnológica”, onde serão agendadas consultas técnicas com renomados especialistas de áreas específicas.
Hoje, cada boi abatido significa também doses de vacina, cursos de capacitação para profissionais do Estado e até mesmo para pecuaristas bolivianos. Isto porque, cada vez que um animal é abatido em Mato Grosso ou destinado à engorda em outro Estado, o Fefa recolhe entre R$ 0,55 e R$ 0,80 por boi ou vaca. Em 2003, por exemplo, o Fundo investiu R$ 36 milhões em doses de vacina. Como reflexo, os índices de vacinação têm aumentado e estão cada vez mais próximos da meta de 100%. Em 2004, das 26.004.415 cabeças, 25.685.465 foram vacinadas contra a doença, o equivalente a um índice de 99%.
No ano em que Mato Grosso completa dez anos sem focos de aftosa, a Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato) coloca a questão sanitária na agenda do país e dos vizinhos do Mercosul, realizando o Encontro Internacional dos Negócios da Pecuária (Enipec), marcado para o período de 7 a 12 de maio em Cuiabá (MT). Na pauta do encontro estarão importantes discussões sobre sanidade animal, fator cada vez mais determinante para a abertura ou fechamento de portas no mercado internacional.
A Famato está investindo cerca de R$ 2 milhões no evento, que deverá reunir cerca de três mil participantes por dia. O Enipec será realizado juntamente com o XXXIII Congresso Brasileiro de Medicina Veterinária (Conbravet). A programação está sendo formatada por comissões de especialistas que querem garantir o enfoque sistêmico, atendendo às necessidades do setor desde a produção ao consumidor final.
O Enipec 2006 trará 39 palestras sobre 11 diferentes cadeias de produção animal. Entre elas, espaço separado para a bovinocultura de corte e de leite, cada uma com quatro palestras com os seguintes enfoques: perspectivas, gestão, comercialização e meio ambiente. Já o XXXIII Conbravet trará um curso de biossegurança voltado aos técnicos agropecuários e discussões sobre defesa sanitária animal em cadeias específicas como ovinocultura e aqüicultura. Novas doenças também entrarão em pauta, como a febre maculosa – palestra a ser conduzida por um representante do Ministério da Saúde.
A questão “aftosa” irá permear grande parte dos debates devido aos problemas advindos das causas e conseqüências do surgimento de 33 focos da doença em Mato Grosso do Sul, que levaram ao sacrifício de quase 25 mil animais, entre bovinos, ovinos, caprinos e suínos. O fato acabou afetando toda a pecuária nacional. Grande parte dos países que importam a carne brasileira acabou decretando embargos também a outros Estados, como Paraná e Mato Grosso, e a outras cadeias, como a suinocultura.
Pecuaristas mato-grossenses terão que aguardar doze meses para voltar a exportar para países como Rússia, Chile, Colômbia, Peru, Uruguai,Venezuela, Angola, África do Sul, Namíbia e Cuba. A medida atingiu em cheio os produtores rurais do Estado, já que 90% da carne produzida por eles têm como destino a exportação. Mato Grosso tem o certificado de livre de aftosa com vacinação desde 2001.
O Enipec propõe também mostras de novas tecnologias, já que melhorar a qualidade da produção também é um importante requisito para se consolidar no mercado. Na área externa do Centro de Eventos do Pantanal, onde será realizado o evento, o público poderá interagir na “Vitrine Tecnológica”, montada pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa).
No local, estarão expostas novas cultivares de forrageiras, tecnologias de nutrição animal e protótipos de sistemas de manejo do campo, com alternância de lavoura e pasto. Em outro ambiente, será organizada a “Clínica Tecnológica”, onde serão agendadas consultas técnicas com renomados especialistas de áreas específicas.
Fonte:
24 Horas News
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/324695/visualizar/
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