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Internacional
Domingo - 15 de Janeiro de 2006 às 12:48

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KIEV - O presidente da Ucrânia, Viktor Yushchenko, acusou hoje o Parlamento de "tentar dirigir o país em direção ao colapso". Em mensagem à nação nos principais canais de televisão, Yushchenko reiterou sua decisão de promover a convocação de um plebiscito para abolir a reforma constitucional que entrou em vigor em 1º de janeiro.

A reforma, aprovada em dezembro de 2004, reduziu parte das atribuições que até então correspondiam ao presidente, em favor do Legislativo e do Governo.

Segundo o presidente, os ucranianos "não sabem que aconteceu uma mudança anticonstitucional do Estado que existiu até janeiro de 2006".

As emendas da Constituição, disse, foram aprovadas "por aqueles deputados que há quatro anos chegaram ao Parlamento de forma desonesta", por um Parlamento que "não reflete a estrutura política da sociedade".

"Insisto que as mudanças da Constituição foram acompanhadas por graves violações do procedimento", disse, e fez um apelo para que se corrija "esse erro" em plebiscito, cuja convocação iniciará depois das eleições legislativas, previstas para março próximo.

No entanto, a decisão de Yushchenko de abolir a reforma é criticada inclusive por alguns de seus aliados.

"Apoiamos o presidente e votamos contra a destituição do Governo", declarou o líder do Partido Socialista, Aleksandr Moroz, mas ressaltou que sua força não apóia Yushchenko no propósito de "rever a Constituição".

"O Partido Socialista não permitirá que ninguém revise a Constituição e faça o país recuar para o totalitarismo, ainda que pela via do plebiscito", advertiu.

Segundo Moroz, as mudanças constitucionais que entraram em vigor em 1º de janeiro "respondem ao imperativo de um modelo europeu de poder".

"Lutamos 10 anos para consegui-las e tanto a força política do presidente como ele mesmo e seu grupo parlamentar votaram a favor das emendas", mas, após sua eleição, "Yushchenko começou a criticar a mudança", afirmou.





Fonte: EFE

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