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Paquistão se queixa aos EUA de bombardeio que matou 18 civis
Islamabad - O Governo paquistanês apresentou hoje um protesto formal aos EUA contra o bombardeio que matou 18 civis nesta sexta-feira e que aparentemente tinha como alvo o número dois da Al Qaeda, Ayman Al-Zawahiri.
Um avião teleguiado pela CIA saiu do Afeganistão e lançou vários mísseis sobre Damadola, uma aldeia da área tribal paquistanesa próxima da fronteira afegã, à procura do egípcio Al-Zawahiri, segundo fontes de segurança dos EUA citadas por várias redes do país.
Embora Washington não tenha feito comentários a esse respeito, o Paquistão, um de seus grandes aliados na Ásia, descartou quase de imediato que o bombardeio tenha matado Al-Zawahiri, considerado por alguns o autêntico líder da Al Qaeda, e qualificou o ataque contra civis de "altamente condenável".
O Governo paquistanês convocou hoje o embaixador dos Estados Unidos, Ryan Crocker, para apresentar um protesto formal e advertir que esse tipo de ação não pode se repetir.
Nem o Governo americano nem o paquistanês confirmaram que o ataque de sexta-feira foi realizado pela CIA, mas fontes do serviço de inteligência dos dois países confirmam este fato.
O ministro da Informação paquistanês, Sheikh Rashid Ahmed, disse hoje que seu Governo considera "altamente condenável" a morte de civis em um ataque aéreo.
"Não permitiremos que este tipo de incidente volte a ocorrer", afirmou o ministro, que também deixou claro que "não há nenhuma informação sobre a presença de Zawahiri" na área tribal atacada.
É a segunda vez este mês que forças americanas entram no Paquistão pela fronteira com o Afeganistão em busca de supostos insurgentes estrangeiros, mas desta vez houve uma maior repercussão porque a morte do "vice" de Osama bin Laden foi dada como certa durante várias horas.
No entanto, fontes dos serviços de inteligência paquistaneses concluíram que o alto responsável pela Al Qaeda não estava nessa área residencial quando aconteceu o bombardeio, que matou, entre outros, cinco crianças e cinco mulheres.
A informação da inteligência que provocou esta ação dos Estados Unidos estaria errada, segundo essas fontes.
A porta-voz do Ministério de Exteriores paquistanês, Tasneem Aslam, disse hoje que, "de acordo com as primeiras investigações, havia uma presença estrangeira na área e, com toda probabilidade, este era o alvo do outro lado da fronteira no Afeganistão".
Um alto responsável pelo serviço de inteligência disse à EFE que a investigação feita no local concluiu que o braço direito de Bin Laden "não morreu no ataque desta sexta-feira".
De acordo com testemunhas, pelo menos 18 pessoas morreram, o que gerou grandes protestos de milhares de habitantes desta região tribal do Paquistão, uma "terra de ninguém", onde os EUA acreditam que estão escondidos os principais líderes da Al Qaeda, perseguidos sem sucesso desde 2001.
Bin Laden e Al-Zawahiri conseguem escapar da captura desde que os Estados Unidos colocaram um preço alto pelas suas cabeças, após os atentados de 11 de setembro de 2001, atribuídos por Washington à Al Qaeda, que mataram 3 mil pessoas.
Não é a primeira vez que Al-Zawahiri é dado como morto. Ele é um dos homens mais procurados do mundo (a recompensa por sua captura é de US$ 25 milhões) por ser o ideólogo da Al Qaeda e o porta-voz oficial da organização.
Os Governos paquistanês e afegão se acusam mutuamente de acolher em seu território os principais líderes da Al Qaeda e o mulá Mohammed Omar, dirigente dos talibãs, que poderiam estar escondidos em qualquer lado dessa montanhosa fronteira.
Um avião teleguiado pela CIA saiu do Afeganistão e lançou vários mísseis sobre Damadola, uma aldeia da área tribal paquistanesa próxima da fronteira afegã, à procura do egípcio Al-Zawahiri, segundo fontes de segurança dos EUA citadas por várias redes do país.
Embora Washington não tenha feito comentários a esse respeito, o Paquistão, um de seus grandes aliados na Ásia, descartou quase de imediato que o bombardeio tenha matado Al-Zawahiri, considerado por alguns o autêntico líder da Al Qaeda, e qualificou o ataque contra civis de "altamente condenável".
O Governo paquistanês convocou hoje o embaixador dos Estados Unidos, Ryan Crocker, para apresentar um protesto formal e advertir que esse tipo de ação não pode se repetir.
Nem o Governo americano nem o paquistanês confirmaram que o ataque de sexta-feira foi realizado pela CIA, mas fontes do serviço de inteligência dos dois países confirmam este fato.
O ministro da Informação paquistanês, Sheikh Rashid Ahmed, disse hoje que seu Governo considera "altamente condenável" a morte de civis em um ataque aéreo.
"Não permitiremos que este tipo de incidente volte a ocorrer", afirmou o ministro, que também deixou claro que "não há nenhuma informação sobre a presença de Zawahiri" na área tribal atacada.
É a segunda vez este mês que forças americanas entram no Paquistão pela fronteira com o Afeganistão em busca de supostos insurgentes estrangeiros, mas desta vez houve uma maior repercussão porque a morte do "vice" de Osama bin Laden foi dada como certa durante várias horas.
No entanto, fontes dos serviços de inteligência paquistaneses concluíram que o alto responsável pela Al Qaeda não estava nessa área residencial quando aconteceu o bombardeio, que matou, entre outros, cinco crianças e cinco mulheres.
A informação da inteligência que provocou esta ação dos Estados Unidos estaria errada, segundo essas fontes.
A porta-voz do Ministério de Exteriores paquistanês, Tasneem Aslam, disse hoje que, "de acordo com as primeiras investigações, havia uma presença estrangeira na área e, com toda probabilidade, este era o alvo do outro lado da fronteira no Afeganistão".
Um alto responsável pelo serviço de inteligência disse à EFE que a investigação feita no local concluiu que o braço direito de Bin Laden "não morreu no ataque desta sexta-feira".
De acordo com testemunhas, pelo menos 18 pessoas morreram, o que gerou grandes protestos de milhares de habitantes desta região tribal do Paquistão, uma "terra de ninguém", onde os EUA acreditam que estão escondidos os principais líderes da Al Qaeda, perseguidos sem sucesso desde 2001.
Bin Laden e Al-Zawahiri conseguem escapar da captura desde que os Estados Unidos colocaram um preço alto pelas suas cabeças, após os atentados de 11 de setembro de 2001, atribuídos por Washington à Al Qaeda, que mataram 3 mil pessoas.
Não é a primeira vez que Al-Zawahiri é dado como morto. Ele é um dos homens mais procurados do mundo (a recompensa por sua captura é de US$ 25 milhões) por ser o ideólogo da Al Qaeda e o porta-voz oficial da organização.
Os Governos paquistanês e afegão se acusam mutuamente de acolher em seu território os principais líderes da Al Qaeda e o mulá Mohammed Omar, dirigente dos talibãs, que poderiam estar escondidos em qualquer lado dessa montanhosa fronteira.
Fonte:
Agência Estado
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/324882/visualizar/
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