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Presidente iraniano diz que não abandonará programa nuclear
O presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, assegurou hoje que, apesar das crescentes pressões internacionais, seu país não abandonará o programa nuclear, embora prefira uma solução pacífica para o problema.
Em entrevista coletiva em que estiveram presentes dezenas de jornalistas iranianos e estrangeiros, o líder ultraconservador reiterou que seu país não pensa em desenvolver armas atômicas e acusou o Ocidente de tratar o caso nuclear iraniano com uma "mentalidade da Idade Média".
Ahmadinejad disse que o enriquecimento de urânio e a pesquisa nuclear "são um direito indiscutível do povo iraniano", e que a República Islâmica "nunca se comprometeu a suspender suas investigações para sempre".
O presidente também rejeitou as ameaças de levar o caso iraniano ao Conselho de Segurança da ONU e disse que o Irã conseguirá "a qualquer preço" a tecnologia nuclear, pois "é um direito natural que tem fins pacíficos e não contraria o Tratado de Não-Proliferação".
Na sexta-feira, o ministro de Exteriores do Irã, Manucher Motaki, ameaçou deixar de colaborar com a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) se a polêmica em relação ao programa nuclear iraniano for levada ao Conselho de Segurança da ONU.
Tanto os EUA como a tríade européia (Alemanha, França e Reino Unido), que negocia com o Irã, concordam que as conversas com Teerã chegaram a um ponto morto e que é necessário levar o caso do programa nuclear iraniano ao Conselho de Segurança.
Os países da tríade européia também acusaram o regime dos aiatolás de ter dado as costas à comunidade internacional, de ter violado seus compromissos e de não ter demonstrado ao mundo que suas atividades nucleares têm um propósito pacífico.
Ahmadinejad rejeitou esta postura, e considerou que "os europeus querem enganar" o Irã e que o país "suspendeu as pesquisas de forma voluntária durante dois anos e meio, e não viu nenhum progresso nas negociações".
"As pesquisas científicas não podem ser restringidas. Apesar dos avanços científicos nos países europeus, alguns Estados ocidentais nos tratam com uma mentalidade da Idade Média", acrescentou.
O governante iraniano disse que os países europeus, e não o Irã, são os que devem adotar medidas de boa vontade para "construir a confiança" e dar continuidade às negociações sobre as atividades nucleares iranianas.
"Nosso povo não aceita pressões internacionais", insistiu. Apesar de tudo, afirmou que seu Governo prefere "solucionar os problemas através do diálogo", por isso pediu aos países europeus que vão a Teerã "para continuar as negociações". "Saibam que precisam muito mais de nós do que precisamos de vocês." O presidente iraniano também rejeitou as críticas do Ocidente sobre a situação dos direitos humanos no Irã, e denunciou as "torturas dos presos e as segregações contra as minorias nos países que nos acusam".
Ahmadinejad também criticou a suposta política de "dois pesos e duas medidas" no conflito árabe-israelense, e opinou que se poderá encontrar uma solução para o problema no Oriente Médio se "os imigrantes judeus voltarem a seus respectivos países".
A tensão entre Teerã e a comunidade internacional foi crescendo nos últimos meses, principalmente depois de terça-feira, quando os iranianos decidiram retirar os lacres da central atômica de Natanz e retomar o programa de pesquisa nuclear.
O Parlamento do Irã aprovou em novembro um projeto de lei em que recomenda ao Governo que impeça as inspeções das instalações nucleares se a polêmica em torno do uso de energia atômica chegar ao Conselho de Segurança das Nações Unidas.
Ahmadinejad disse que o enriquecimento de urânio e a pesquisa nuclear "são um direito indiscutível do povo iraniano", e que a República Islâmica "nunca se comprometeu a suspender suas investigações para sempre".
O presidente também rejeitou as ameaças de levar o caso iraniano ao Conselho de Segurança da ONU e disse que o Irã conseguirá "a qualquer preço" a tecnologia nuclear, pois "é um direito natural que tem fins pacíficos e não contraria o Tratado de Não-Proliferação".
Na sexta-feira, o ministro de Exteriores do Irã, Manucher Motaki, ameaçou deixar de colaborar com a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) se a polêmica em relação ao programa nuclear iraniano for levada ao Conselho de Segurança da ONU.
Tanto os EUA como a tríade européia (Alemanha, França e Reino Unido), que negocia com o Irã, concordam que as conversas com Teerã chegaram a um ponto morto e que é necessário levar o caso do programa nuclear iraniano ao Conselho de Segurança.
Os países da tríade européia também acusaram o regime dos aiatolás de ter dado as costas à comunidade internacional, de ter violado seus compromissos e de não ter demonstrado ao mundo que suas atividades nucleares têm um propósito pacífico.
Ahmadinejad rejeitou esta postura, e considerou que "os europeus querem enganar" o Irã e que o país "suspendeu as pesquisas de forma voluntária durante dois anos e meio, e não viu nenhum progresso nas negociações".
"As pesquisas científicas não podem ser restringidas. Apesar dos avanços científicos nos países europeus, alguns Estados ocidentais nos tratam com uma mentalidade da Idade Média", acrescentou.
O governante iraniano disse que os países europeus, e não o Irã, são os que devem adotar medidas de boa vontade para "construir a confiança" e dar continuidade às negociações sobre as atividades nucleares iranianas.
"Nosso povo não aceita pressões internacionais", insistiu. Apesar de tudo, afirmou que seu Governo prefere "solucionar os problemas através do diálogo", por isso pediu aos países europeus que vão a Teerã "para continuar as negociações". "Saibam que precisam muito mais de nós do que precisamos de vocês." O presidente iraniano também rejeitou as críticas do Ocidente sobre a situação dos direitos humanos no Irã, e denunciou as "torturas dos presos e as segregações contra as minorias nos países que nos acusam".
Ahmadinejad também criticou a suposta política de "dois pesos e duas medidas" no conflito árabe-israelense, e opinou que se poderá encontrar uma solução para o problema no Oriente Médio se "os imigrantes judeus voltarem a seus respectivos países".
A tensão entre Teerã e a comunidade internacional foi crescendo nos últimos meses, principalmente depois de terça-feira, quando os iranianos decidiram retirar os lacres da central atômica de Natanz e retomar o programa de pesquisa nuclear.
O Parlamento do Irã aprovou em novembro um projeto de lei em que recomenda ao Governo que impeça as inspeções das instalações nucleares se a polêmica em torno do uso de energia atômica chegar ao Conselho de Segurança das Nações Unidas.
Fonte:
EFE
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/324907/visualizar/
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