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Agronegócios
Sábado - 14 de Janeiro de 2006 às 09:40

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O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento começou a buscar entendimentos com o setor produtivo da laranja e mamão e com as empresas de agrotóxicos para elaboração de estudos sobre os limites máximos de resíduos de pesticidas que poderão ser encontrados nos produtos agrícolas exportados para a União Européia (UE). A preocupação do governo brasileiro deve-se à possibilidade de produtos nacionais serem impedidos de entrar na UE após a implementação da diretiva 91/414/EC, que revê parâmetros para detecção de níveis de agrotóxicos em mercadorias de origem vegetal importados por aquele bloco.

Em reunião realizada nesta sexta, dia 13, entre os técnicos do ministério e do setor privado, ficou acertado que o governo coordenará os estudos para definição dos limites máximos de resíduos de pesticidas que será realizado pelas indústrias de sucos e de agrotóxicos.

– Queremos mostrar à União Européia que padrões técnicos podem sugerir que esses limites possam ser aumentados sem representar perigo à saúde humana – afirmou o diretor do Departamento de Assuntos Sanitários e Fitossanitários do Mapa, Odilson Ribeiro.

Segundo o diretor, há outros fatores que devem ser levados em consideração para definição dos limites, como os protocolos de boas práticas de manejo de pragas previstos na Produção Integrada de Frutas (PIF), já adotada pelos fruticultores brasileiros. Em fevereiro, informou Odilson Ribeiro, os estudos científicos que garantam a segurança de limites de uso de pesticidas serão apresentados aos técnicos europeus.

O coordenador substituto de Assuntos do Codex Alimentarius do Mapa, Rogério da Silva, explicou que o diálogo com a UE é importante pois um eventual bloqueio aos produtos agrícolas brasileiros geraria grandes prejuízos ao país. Segundo ele, 80% da produção de laranja do Brasil é exportada em forma de suco.

– Este setor emprega 400 mil trabalhadores e gera para o país uma receita anual acima de US$ 1,2 bilhão.




Fonte: Agrol

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