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Consenso contra o Irã cresce, mas ação é incerta
Viena - Uma lista cada vez maior de países apóia a tomada de medidas para conter o desenvolvimento nuclear do Irã, mas com a opção militar praticamente descartada e a dificuldade de impor sanções que funcionem, as ferramentas para implementação do consenso mostram-se poucas e defeituosas.
A principal ameaça, no momento, é levar a questão ao Conselho de segurança das Nações Unidas. Mas o Irã mantém sua postura de desafio, prometendo impor novos limites aos monitores internacionais que acompanham o programa nuclear do país se o caso se transformar num julgamento perante as Nações Unidas.
Nesse cenário, coube a alguns dos principais críticos do regime de Teerã moderar o tom do confronto, com autoridades da França e da Alemanha dizendo que ainda é cedo para falar em sanções.
Mesmo assim, a chancelera alemã, Angela Merkel, uniu-se hoje ao presidente dos EUA, George W. Bush, para condenar a conduta de Teerã. Os dois líderes concordam que o Irã deva retroceder em suas ações e concordar com as negociações sobre seu programa nuclear.
EUA, Alemanha e outras "nações civilizadas" necessitam "mandar uma mensagem em conjunto aos iranianos... Para que eles não venham a ter armas nucleares e tentem usar isso como forma de chantagem ou ameaça mundial", Bush disse.
Bush ainda falou que é "lógico que um país recusou negociações diplomáticas deve ser encaminhado ao Conselho de Segurança das Nações Unidas".
Merkel disse o mundo "não deve se sentir intimidados pelo Irã".
A despeito da retórica forte dos chefes de governo, a postura mais cautelosa de ministros e assessores parece ser um reconhecimento da falta de unidade entre os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança. Qualquer um deles pode, sozinho, vetar qualquer punição internacional contra a República Islâmica.
Os EUA - principais defensores da imposição de sanções substantivas contra o Irã, que segundo Washington tenta criar armas nucleares - pode contar com o apoio do Reino Unido no Conselho. A França, também, poderá seguir a liderança americana nesta questão, por conta da frustração de dois anos de tentativas de levar Teerã a desistir da tecnologia do enriquecimento de urânio.
Mas outros países com direito a veto - Rússia e China - podem se mostrar mais difíceis de convencer. O Irã compra a maior parte de suas armas de Moscou e Pequim. A Rússia praticamente já terminou de trabalhar na instalação de um reator nuclear em Bushehr, no Irã, e está de olhos nos negócios que podem surgir de novas obras do tipo.
A China está fazendo acordos sobre energia com o Irã - Pequim possui 50% do investimento nos campos de petróleo de Yadavaran e tem contratos para comprar 250 milhões de toneladas de gás natural liquefeito do Irã, num negócio estimado em US$ 70 bilhões.
A principal ameaça, no momento, é levar a questão ao Conselho de segurança das Nações Unidas. Mas o Irã mantém sua postura de desafio, prometendo impor novos limites aos monitores internacionais que acompanham o programa nuclear do país se o caso se transformar num julgamento perante as Nações Unidas.
Nesse cenário, coube a alguns dos principais críticos do regime de Teerã moderar o tom do confronto, com autoridades da França e da Alemanha dizendo que ainda é cedo para falar em sanções.
Mesmo assim, a chancelera alemã, Angela Merkel, uniu-se hoje ao presidente dos EUA, George W. Bush, para condenar a conduta de Teerã. Os dois líderes concordam que o Irã deva retroceder em suas ações e concordar com as negociações sobre seu programa nuclear.
EUA, Alemanha e outras "nações civilizadas" necessitam "mandar uma mensagem em conjunto aos iranianos... Para que eles não venham a ter armas nucleares e tentem usar isso como forma de chantagem ou ameaça mundial", Bush disse.
Bush ainda falou que é "lógico que um país recusou negociações diplomáticas deve ser encaminhado ao Conselho de Segurança das Nações Unidas".
Merkel disse o mundo "não deve se sentir intimidados pelo Irã".
A despeito da retórica forte dos chefes de governo, a postura mais cautelosa de ministros e assessores parece ser um reconhecimento da falta de unidade entre os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança. Qualquer um deles pode, sozinho, vetar qualquer punição internacional contra a República Islâmica.
Os EUA - principais defensores da imposição de sanções substantivas contra o Irã, que segundo Washington tenta criar armas nucleares - pode contar com o apoio do Reino Unido no Conselho. A França, também, poderá seguir a liderança americana nesta questão, por conta da frustração de dois anos de tentativas de levar Teerã a desistir da tecnologia do enriquecimento de urânio.
Mas outros países com direito a veto - Rússia e China - podem se mostrar mais difíceis de convencer. O Irã compra a maior parte de suas armas de Moscou e Pequim. A Rússia praticamente já terminou de trabalhar na instalação de um reator nuclear em Bushehr, no Irã, e está de olhos nos negócios que podem surgir de novas obras do tipo.
A China está fazendo acordos sobre energia com o Irã - Pequim possui 50% do investimento nos campos de petróleo de Yadavaran e tem contratos para comprar 250 milhões de toneladas de gás natural liquefeito do Irã, num negócio estimado em US$ 70 bilhões.
Fonte:
AP
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/325076/visualizar/
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