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Agronegócios
Sexta - 13 de Janeiro de 2006 às 17:14

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O longo período de chuvas em Mato Grosso interrompeu, esta semana, a colheita de soja em várias regiões do estado. A maioria dos municípios produtores está com problemas na colheita. Nos municípios de Sorriso e Lucas do Rio Verde (região médio norte), as lavouras estão prontas para serem colhidas, porém, a intensidade das chuvas impede o início dos trabalhos.

Em Sorriso (a 420 quilômetros de Cuiabá), alguns produtores, cujas propriedades ficam próximas ao rio Teles Pires, já estão tendo problemas com o alagamento na lavoura, uma vez que o rio transbordou, inundando parte da plantação. Em diversas regiões, especialmente no Sul do estado, os produtores estão sendo "impossibilitados" até mesmo de fazer a aplicação de fungicidas para controlar a ferrugem da soja que já provoca perda nas lavouras.

Se não bastassem os problemas causados pela chuva, os produtores têm ainda uma outra barreira: as estradas. Carretas e caminhões carregados de soja estão enfrentando dificuldades para deixar o campo e chegar às cidades. Em Alta Floresta, por exemplo, na MT-208, existem três pontos críticos, onde esta semana 40 carretas estavam atoladas na rodovia. Este fator encarece o frete, diminui ainda mais a qualidade do grão e aumenta o prejuízo dos produtores.

O excesso de chuva já atinge também os pecuaristas que estão impossibilitados de deslocar os animais vendidos para os frigoríficos devido às péssimas condições das estradas. As regiões em situações mais críticas são Alta Floresta, Brasnorte, Juína, Juruena e Aripuanã, onde existem atoleiros e muitas pontes foram destruídas pelas águas.

Conseqüências

"Se por um lado a agricultura não vive sem a chuva, por outro, o excesso de chuvas neste período traz graves conseqüências para o setor", afirmou o presidente da Famato (Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso), Homero Alves Pereira. Uma vez iniciado o processo de colheita dos grãos, a chuva em demasia provoca perda de produção na lavoura, queda na qualidade do produto e problemas de escoamento devido às péssimas condições das estradas o que acarreta ainda mais prejuízos.

Segundo Homero Pereira, a situação da classe produtora é de apreensão. "Nós ainda temos sérias pendências que ficaram da safra passada, e agora, logo no início da colheita nos deparamos com mais este problema que põe em risco todo o trabalho e os investimentos feitos pelos produtores de Mato Grosso" disse.

Mesmo sem ter uma estimativa de perda da safra por causa da chuva, Homero Pereira garante que o prejuízo é inevitável e a sua extensão depende, agora, das variações climáticas.




Fonte: RMT Online

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