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População decide que Santo Antônio terá festa de carnaval 2006
A população decidiu e a prefeitura acatou: Santo Antônio de Leverger (30 km de Cuiabá) irá realizar o Carnaval 2006. O debate sobre o assunto foi realizado na noite de ontem na Câmara de Vereadores do município durante uma audiência pública.
Estiveram presentes cerca de 250 pessoas, entre comerciantes, representantes do poder público, dos blocos carnavalescos e população em geral. A aprovação da folia foi unânime. A questão se tornou polêmica porque alguns setores da sociedade reclamavam dos impactos negativos que a festa trazia à cidade. Para eles, o carnaval atrai muitos foliões e a cidade não tem infra-estrutura adequada para recebê-los. Para se ter uma idéia, o município possui 15 mil habitantes, sendo que 10 mil vivem na zona rural. Entretanto na época da festa, a cidade chega a receber 60 mil pessoas em uma única noite.
Isso acarreta na falta de banheiros, água potável, coleta de lixo adequada e até mesmo dinheiro no caixa eletrônico dos bancos. Com essa audiência pública, ficou claro que a população deseja manter a tradição, mas a festa terá outro tratamento a partir de agora. “Estávamos preocupados em continuar realizando o carnaval com os problemas sendo mais destacados do que a festa em si. A Prefeitura não podia continuar omissa nessa questão, por isso a necessidade de ouvir a população”, explica o prefeito Faustino Dias Neto.
A audiência começou com a explanação do prefeito sobre os impactos negativos da folia, depois houve a discussão dos problemas, sendo que nessa hora cada representante dos seguimentos envolvidos com a festa expôs seus pontos de vista. Para o presidente do Bloco “Garanhões da Madrugada”, Alan Kardec, a iniciativa de debater o carnaval é válida, já que são mais de 30 anos de tradição e ainda não há uma organização profissional para a realização da festa. “Dessa forma estamos nos unindo para perpetuar a tradição e fazer da melhor forma possível. Temos que pensar o carnaval o ano todo, não apenas nos dias de festa; é preciso fazer um planejamento estratégico, avaliar o evento passado e propor novas formas de se fazê-lo”, acredita. “O carnaval de Santo Antônio já virou um patrimônio público, extrapolou os limites da cidade, vem gente de toda baixada cuiabana para ver a nossa festa, não consigo nem imaginar Leverger sem o carnaval. O que precisamos encontrar é a resposta sobre quem paga a conta da festa. A saída é somar as forças e continuar fazendo o nosso carnaval, dividindo responsabilidade entre os blocos, comércio e a prefeitura. E que os turistas venham, mas que tragam renda não só sujeira e preocupações”, defendeu o comerciante Valter Silva.
Ao final das discussões o prefeito fez o questionamento: Queremos a realização do carnaval? Todos que estavam presentes levantaram as mãos respondendo que sim. Os presentes ainda foram perguntados sobre quem deveria ficar com a responsabilidade de organizar a festa e ficou definido que os três seguimentos dividiram essa tarefa. Com essas definições uma outra reunião foi marcada para segunda-feira (16.01), às 19h, no auditório da Câmara de Vereadores, agora para discutirem como será feito o carnaval em Santo Antônio. “Fiquei muito satisfeito com essa audiência. Fazemos uma gestão transparente e assim a população sempre sabe das nossas dificuldades. Até mesmo para realizar a festa, estamos dividindo responsabilidades”, avaliou o prefeito.
CARNAVAL - Enquanto a população discutia os novos rumos da festa de carnaval em Santo Antônio, o grupo folclórico Boi-à-Serra da Avenida passou em frente da Câmara de Vereadores, dando mostras da tradição em Leverger. Os participantes do Boi também são favoráveis à continuidade do carnaval na cidade. “Tem que ter o carnaval sim, senão vai acabar a nossa tradição”, imagina Heric Henrique da Silva, de 14 anos, que está no grupo há dois anos.
O grupo sai às ruas toda a noite batendo tambores e brincando com o boi, desde o dia 08 de dezembro, quando se comemorou o Entrudo, uma brincadeira trazida pelos portugueses e mantida até hoje pela população. As pessoas jogam água uma nas outras e na imagem de Nossa Senhora da Conceição para “lavar” e abençoar a vida dos fiéis. A data também marca o inicio do carnaval em Santo Antônio do Leverger. “Foi assim que nosso carnaval começou. Íamos atrás desse batuque e a festa cresceu e se transformou nessa folia irreverente, reconhecida por todos da baixada cuiabana”, relembra a secretaria de Cultura do município, Henriete Albuquerque.
O principal atrativo do carnaval de Leverger são os blocos com nomes exóticos e com duplo sentido, como “Seu que Brilha”, “Xana Xerosa”, “Pau Brioso”, “Arrancabaço”, “Pelô meu Saco”, “Bunito pra xá Cara”, “Quintu dos Inferno”, entre outros. O mais antigo deles, o “Pau Brioso”, existe há 32 anos, e atualmente é presidido pelo presidente da Câmara Municipal de Vereadores, Ugo Padilha.
Estiveram presentes cerca de 250 pessoas, entre comerciantes, representantes do poder público, dos blocos carnavalescos e população em geral. A aprovação da folia foi unânime. A questão se tornou polêmica porque alguns setores da sociedade reclamavam dos impactos negativos que a festa trazia à cidade. Para eles, o carnaval atrai muitos foliões e a cidade não tem infra-estrutura adequada para recebê-los. Para se ter uma idéia, o município possui 15 mil habitantes, sendo que 10 mil vivem na zona rural. Entretanto na época da festa, a cidade chega a receber 60 mil pessoas em uma única noite.
Isso acarreta na falta de banheiros, água potável, coleta de lixo adequada e até mesmo dinheiro no caixa eletrônico dos bancos. Com essa audiência pública, ficou claro que a população deseja manter a tradição, mas a festa terá outro tratamento a partir de agora. “Estávamos preocupados em continuar realizando o carnaval com os problemas sendo mais destacados do que a festa em si. A Prefeitura não podia continuar omissa nessa questão, por isso a necessidade de ouvir a população”, explica o prefeito Faustino Dias Neto.
A audiência começou com a explanação do prefeito sobre os impactos negativos da folia, depois houve a discussão dos problemas, sendo que nessa hora cada representante dos seguimentos envolvidos com a festa expôs seus pontos de vista. Para o presidente do Bloco “Garanhões da Madrugada”, Alan Kardec, a iniciativa de debater o carnaval é válida, já que são mais de 30 anos de tradição e ainda não há uma organização profissional para a realização da festa. “Dessa forma estamos nos unindo para perpetuar a tradição e fazer da melhor forma possível. Temos que pensar o carnaval o ano todo, não apenas nos dias de festa; é preciso fazer um planejamento estratégico, avaliar o evento passado e propor novas formas de se fazê-lo”, acredita. “O carnaval de Santo Antônio já virou um patrimônio público, extrapolou os limites da cidade, vem gente de toda baixada cuiabana para ver a nossa festa, não consigo nem imaginar Leverger sem o carnaval. O que precisamos encontrar é a resposta sobre quem paga a conta da festa. A saída é somar as forças e continuar fazendo o nosso carnaval, dividindo responsabilidade entre os blocos, comércio e a prefeitura. E que os turistas venham, mas que tragam renda não só sujeira e preocupações”, defendeu o comerciante Valter Silva.
Ao final das discussões o prefeito fez o questionamento: Queremos a realização do carnaval? Todos que estavam presentes levantaram as mãos respondendo que sim. Os presentes ainda foram perguntados sobre quem deveria ficar com a responsabilidade de organizar a festa e ficou definido que os três seguimentos dividiram essa tarefa. Com essas definições uma outra reunião foi marcada para segunda-feira (16.01), às 19h, no auditório da Câmara de Vereadores, agora para discutirem como será feito o carnaval em Santo Antônio. “Fiquei muito satisfeito com essa audiência. Fazemos uma gestão transparente e assim a população sempre sabe das nossas dificuldades. Até mesmo para realizar a festa, estamos dividindo responsabilidades”, avaliou o prefeito.
CARNAVAL - Enquanto a população discutia os novos rumos da festa de carnaval em Santo Antônio, o grupo folclórico Boi-à-Serra da Avenida passou em frente da Câmara de Vereadores, dando mostras da tradição em Leverger. Os participantes do Boi também são favoráveis à continuidade do carnaval na cidade. “Tem que ter o carnaval sim, senão vai acabar a nossa tradição”, imagina Heric Henrique da Silva, de 14 anos, que está no grupo há dois anos.
O grupo sai às ruas toda a noite batendo tambores e brincando com o boi, desde o dia 08 de dezembro, quando se comemorou o Entrudo, uma brincadeira trazida pelos portugueses e mantida até hoje pela população. As pessoas jogam água uma nas outras e na imagem de Nossa Senhora da Conceição para “lavar” e abençoar a vida dos fiéis. A data também marca o inicio do carnaval em Santo Antônio do Leverger. “Foi assim que nosso carnaval começou. Íamos atrás desse batuque e a festa cresceu e se transformou nessa folia irreverente, reconhecida por todos da baixada cuiabana”, relembra a secretaria de Cultura do município, Henriete Albuquerque.
O principal atrativo do carnaval de Leverger são os blocos com nomes exóticos e com duplo sentido, como “Seu que Brilha”, “Xana Xerosa”, “Pau Brioso”, “Arrancabaço”, “Pelô meu Saco”, “Bunito pra xá Cara”, “Quintu dos Inferno”, entre outros. O mais antigo deles, o “Pau Brioso”, existe há 32 anos, e atualmente é presidido pelo presidente da Câmara Municipal de Vereadores, Ugo Padilha.
Fonte:
AMM
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/325161/visualizar/
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