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Internacional
Sexta - 13 de Janeiro de 2006 às 09:47

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A comissão de controle parlamentar da Alemanha analisa hoje a suposta colaboração dos serviços secretos do país com os Estados Unidos na guerra do Iraque. Este assunto foi revelado ontem por vários meios de comunicação e colocou em dúvida a credibilidade do Governo do ex-chanceler Gerhard Schröder.

Norbert Roettgen, presidente do organismo parlamentar, que discute em segredo e está encarregado de supervisionar o trabalho dos serviços de informação, assinalou que esta reunião foi convocada para hoje com o objetivo de esclarecer o assunto.

Em declarações à emissora Deutschlandfunk, Roettgen pediu à opinião pública para não cair "em histerias especulativas".

O assunto foi revelado ontem pelo jornal Sueddeutsche Zeitung e o programa de televisão Panorama, que informaram que durante a guerra do Iraque, à qual o Governo de Schröder se opôs, havia vários agentes secretos alemães em Bagdá que forneciam informação aos americanos.

O ministro de Exteriores, Frank-Walter Steinmeier, confirmou que havia agentes em Bagdá, mas garantiu que sua missão era informar o Governo de Berlim e não os EUA.

Segundo as informações da imprensa, baseadas em fontes dos serviços secretos, sua tarefa consistiu em informar à espionagem dos EUA sobre alvos que sob nenhum motivo deviam ser bombardeados, como hospitais ou embaixadas.

O jornal Bild afirma hoje que um dos agentes alemães foi condecorado pelos EUA por ter conseguido evitar o bombardeio de uma embaixada árabe.

No entanto, o programa Panorama citava fontes do Pentágono que asseguraram que os alemães também ajudaram na detecção de possíveis alvos a bombardear, como um restaurante em que supostamente estava Saddam Hussein.

No ataque morreram pelo menos 12 civis. Saddam Hussein, por sua vez, não estava ali.





Fonte: Terra

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