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Arábia Saudita culpa peregrinos por tumulto que matou 345
A Arábia Saudita culpou, na sexta-feira, peregrinos supostamente desobedientes pelo tumulto ocorrido em meio ao festival islâmico do haj, no qual morreram 345 pessoas.
Muitos muçulmanos, porém, disseram que um aparato de segurança mais eficiente poderia ter evitado o pior desastre a acontecer durante a peregrinação nos últimos 16 anos.
Os peregrinos foram pisoteados no último dia do haj, na ponte de Jamarat, em Mena (um vale estreito perto da cidade sagrada de Meca), quando realizavam o ritual de atirar pedras contra símbolos do demônio, no começo da noite.
A legitimidade da monarquia que controla a Arábia Saudita apóia-se em parte, aos olhos dos muçulmanos, em sua habilidade para receber cerca de 2,5 milhões de fiéis que comparecem ao país anualmente para participar do haj.
"O Estado tomou todas as medidas possíveis e fez tudo o que podia", afirmou o principal clérigo do reinado, o grã-mufti xeique Abulaziz Al Sheikh, em um pronunciamento divulgado pela TV. O religioso acusou os peregrinos de agirem de forma desordenada.
O príncipe herdeiro Sultan bin Abdul-Aziz também culpou os peregrinos pelo incidente. Segundo ele, os fiéis haviam desobedecido à instrução de não levar seus pertences pessoais para a ponte e não haviam conseguido dividir-se ao longo do dia para realizar o ritual.
"Para nós, é algo muito doloroso que tantas pessoas tenham morrido, mas precisamos ressaltar que as forças de segurança evitaram outros vários desastres e salvaram muitas vidas", afirmou o ministro do Interior, príncipe Nayef bin Abdul-Aziz, segundo a agência de notícias SPA.
O país não informou a nacionalidade dos mortos, mas, segundo a Índia, ao menos 27 de seus cidadãos foram vítimas do tumulto. A Indonésia relatou dois mortos do país e o Paquistão disse que sabia de seis mortes até agora.
Os peregrinos, por outro lado, disseram que as autoridades fracassaram ao não conseguir impor suas regras durante o ritual, que já registrou eventos semelhantes outras vezes.
Em 2004, cerca de 250 peregrinos foram pisoteados até a morte na ponte Jamarat. Uma década antes, 270 morreram de forma semelhante. O número de mortos de quinta-feira é o mais alto a ser registrado no haj desde que 1.426 pessoas perderam a vida em um tumulto ocorrido dentro de um túnel de Meca, em 1990.
"Parecia haver um número maior de membros das forças de segurança este ano, mas eles não pareciam estar organizados ou ter algum plano", disse Jihad, 28, do Egito.
"As forças de segurança deveriam ter dedicado mais tempo à remoção dos que acampam em locais proibidos", disse Yasser Bakir, 39, também do Egito.
Os peregrinos foram pisoteados no último dia do haj, na ponte de Jamarat, em Mena (um vale estreito perto da cidade sagrada de Meca), quando realizavam o ritual de atirar pedras contra símbolos do demônio, no começo da noite.
A legitimidade da monarquia que controla a Arábia Saudita apóia-se em parte, aos olhos dos muçulmanos, em sua habilidade para receber cerca de 2,5 milhões de fiéis que comparecem ao país anualmente para participar do haj.
"O Estado tomou todas as medidas possíveis e fez tudo o que podia", afirmou o principal clérigo do reinado, o grã-mufti xeique Abulaziz Al Sheikh, em um pronunciamento divulgado pela TV. O religioso acusou os peregrinos de agirem de forma desordenada.
O príncipe herdeiro Sultan bin Abdul-Aziz também culpou os peregrinos pelo incidente. Segundo ele, os fiéis haviam desobedecido à instrução de não levar seus pertences pessoais para a ponte e não haviam conseguido dividir-se ao longo do dia para realizar o ritual.
"Para nós, é algo muito doloroso que tantas pessoas tenham morrido, mas precisamos ressaltar que as forças de segurança evitaram outros vários desastres e salvaram muitas vidas", afirmou o ministro do Interior, príncipe Nayef bin Abdul-Aziz, segundo a agência de notícias SPA.
O país não informou a nacionalidade dos mortos, mas, segundo a Índia, ao menos 27 de seus cidadãos foram vítimas do tumulto. A Indonésia relatou dois mortos do país e o Paquistão disse que sabia de seis mortes até agora.
Os peregrinos, por outro lado, disseram que as autoridades fracassaram ao não conseguir impor suas regras durante o ritual, que já registrou eventos semelhantes outras vezes.
Em 2004, cerca de 250 peregrinos foram pisoteados até a morte na ponte Jamarat. Uma década antes, 270 morreram de forma semelhante. O número de mortos de quinta-feira é o mais alto a ser registrado no haj desde que 1.426 pessoas perderam a vida em um tumulto ocorrido dentro de um túnel de Meca, em 1990.
"Parecia haver um número maior de membros das forças de segurança este ano, mas eles não pareciam estar organizados ou ter algum plano", disse Jihad, 28, do Egito.
"As forças de segurança deveriam ter dedicado mais tempo à remoção dos que acampam em locais proibidos", disse Yasser Bakir, 39, também do Egito.
Fonte:
Terra
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/325259/visualizar/
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