Muitos povos recorrem a bebidas quentes para se aquecer durante o nverno da época de festas (Foto: Getty Images)
Final de ano também é sinônimo de época de frio para muitos países e, por isso, as comidas e bebidas tradicionais de réveillon geralmente surgem como forma de encontrar conforto. Conheça alguns drinques típicos de ano novo ao redor do mundo reunidos pela BBC:
Navegado, glühwein, ou Glogg: popular na América do Sul, Europa Ocidental e Escandinávia, o navegado, glühwein ou Glogg são variações de vinho quente. A bebida é uma deliciosa maneira de se aquecer durante os meses frios do inverno. O navegado chileno leva açúcar caramelizado e vinho tinto barato. Depois, se adiciona os paus de canela, o cravo e fatias de laranja enquanto a bebida ferve. Na Alemanha, Suíça e Áustria, o vinho quente chamado glühwein pode incluir limão, baunilha e conhaque ou vinho do porto, além de vinho tinto, açúcar, canela e cravo. Os esquiadores dos Alpes muitas vezes recorrem à essa bebida após um longo dia nas pistas geladas. Já o Glogg, apreciado na Escandinávia, incorpora cardamomo e muitas vezes inclui também aquavita, uma bebida destilada feita de batata ou cereais e aromatizado com sementes de cominho.
Sorrel: cultivado na Jamaica desde 1700 e apreciado em Trinidad e Tobago, sorrel é o nome local para a flor de hibisco sabdariffa, também conhecido como Roselle, a partir do qual esta bebida é feita. Depois de colher o sorrel fresco, tarefa muitas vezes dada às crianças, ele é adicionado a uma panela com água fervente. A bebida também leva açúcar, canela em pau e outras especiarias como cravo, pimenta da Jamaica e gengibre. Depois de coado, o líquido é servido no gelo como bebida não alcoólica para as crianças. Na versão adulta o drinque ainda leva rum. Quando não há hibisco fresco, a flor, que é conhecida por melhorar o sistema imunológico, pode ser usada na versão seca ou em pó.
Sahlep: durante os invernos turcos os locais se aquecem com sahlep, uma bebida doce e suave feita com raízes de orquídeas selvagens da montanha em pó, produto raro e caro. O pó é cozido com leite e açúcar e polvilhado com canela antes de servir. A bebida quente pode ser encontrada nas ruas de cidades como Istambul, onde vendedores ambulantes a servem em urnas de cobra tradicionais. Sahlep é considerada uma bebida com propriedades medicinais, servida como remédio caseiro para gripe.
Sujeonggwa: o Ano-Novo Lunar é celebrado com receitas tradicionais em toda a Ásia. Na Coréia, a bebida chamada sujeonggwa é frequentemente servida com biscoitos ou bolos de arroz doce, consumidos como forma de pedir um ano cheio de saúde e prosperidade. O sujeonggwa é normalmente servido no dia 1º de janeiro e durante os festivais do ano novo lunar em xícaras de chá decoradas com pinhões. A bebida pode ser feita fora de época com uma combinação de caqui seco, canela em pau e gengibre fervidos em água com açúcar ou mel. Depois de cozinhar a mistura, as especiarias são retiradas e o caqui pode ficar descansando de duas horas a dois dias. Algumas pessoas acreditam que o sugeinggwa é um remédio eficiente para a ressaca, fazendo uma ótima opção de bebida na manhã seguinte ao ano novo.
Gemada: as origens da gemada, popular na América do Norte, podem datar do século 14, quando uma bebida chamada posset era feita na Inglaterra pela mistura de leite quente a vinho ou cerveja com adição de açúcar e especiarias. As bebidas coalhadas saíram de moda, mas quando os ingleses colonizaram os Estados Unidos, uma nova versão surgiu. De acordo com a revista Mental Floss, os ovos eram escassos na Inglaterra devido ao seu preço elevado, mas muitos americanos criaram galinhas tornando o produto acessível. A adição de ovos à mistura de leite quente gerou a bebida cremosa conhecida atualmente como gemada. O nome “eggnog” (gemada em inglês) pode ter derivado da pequena caneca onde o líquido era servido, chamada “noggin”. Nos Estados Unidos a bebida é consumida durante as comemorações de Ação de Graças, Natal e Ano-Novo. Ela é feita com ovos batidos açúcar, creme de leite, noz-moscada e uísque, rum ou conhaque.
Atole: os astecas podem ter sido os primeiros a fazerem o atole, bebida quente feita a base milho consumida tradicionalmente no México, nas festas de fim de ano. Muitas vezes consumida durante a manhã, ela é feita a partir da dissolução de farinha de milho em água quente, canela em pau, leite, açúcar ou mel, baunilha, anis e às vezes até pimenta e epazote, uma forte erva mexicana. Em sua versão para sobremesa o atole ainda pode levar chocolate, recebendo o nome de champurrado. Muitas vezes é servido com churros ou outros doces.
Comentários