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Rússia admite que dossiê nuclear iraniano pode ser levado à ONU
A Rússia admitiu hoje a possibilidade de o dossiê nuclear do Irã ser levado ao Conselho de Segurança da ONU (CS), em um claro aviso ao país árabe de que o Kremlin não sacrificará suas relações com o Ocidente para defender as ambições atômicas do regime iraniano.
"Não descartamos nenhuma variante sobre a forma de trabalho, mas em essência só pode se tratar de uma política com características diplomáticas", disse o chefe da diplomacia russa, Serguei Lavrov, em declarações à emissora de rádio Eco de Moscou.
"O problema iraniano é muito grave, pois não se pode esquecer que o Irã possui um programa de foguetes bastante avançado e mísseis de médio e longo alcance, o que dá mais argumentos políticos aos que opinam que só se pode falar com o Irã por meio do Conselho de Segurança da ONU", completou.
"Quando dizem que a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) deve enviar este problema ao Conselho de Segurança, se esquecem que o órgão pode discutir qualquer assunto proposto por qualquer um de seus membros".
Lavrov insistiu que o Irã tem o direito de ter um programa atômico civil, mas que primeiro deve "cumprir com as obrigações que derivam deste direito" e, antes de tudo, "informar à AIEA sobre o trabalho realizado dentro de seu programa nuclear".
Além disso, o chefe da diplomacia russa disse que as palavras do presidente iraniano, o ultraconservador Mahmoud Ahmadinejad, que desejou a morte ao primeiro-ministro israelense, Ariel Sharon, são tão "inadmissíveis" quanto suas declarações anteriores, quando disse que Israel e Estados Unidos devem ser riscados da face da terra.
Lavrov fez as declarações pouco antes de uma reunião em Berlim na qual os ministros de Exteriores da Alemanha, da França e do Reino Unido, além do Alto Representante de Segurança e Exteriores da União Européia (UE), Javier Solana, pediram um encontro urgente do Conselho da AIEA para decidir se o assunto iraniano deve ir à ONU.
Lavrov disse que, "de todas as formas, o Conselho de Segurança por si só dificilmente poderá resolver o problema iraniano sem os profissionais da AIEA".
O ministro russo insistiu que "é preciso aproveitar todas as possibilidades oferecidas pelo formato da AIEA", e disse que a Rússia na reunião do Conselho de Governadores da entidade propõe "a estabilização antes de tudo na solução dos problemas que continuam pendentes" em relação ao dossiê nuclear iraniano.
O futuro do dossiê "dependerá de como o Irã reagirá e da postura que os membros do Conselho de Governadores adotarão".
"Nós queremos que seja uma postura de consenso", disse Lavrov.
Segundo ele, a decisão do Irã de romper os lacres da AIEA em três de suas instalações nucleares "não é ilegal do ponto de vista do direito internacional".
"Os lacres já foram retirados, e isto ocorreu na presença dos inspetores da AIEA, que - de acordo com todas as normas - devem consentir o pedido de qualquer país para estar presente nessas operações", disse o chefe da diplomacia russa.
A Rússia, junto com a China, se mostrou contrária à discussão do assunto na ONU. Possui vários interesses econômicos e está construindo uma usina nuclear para o país árabe.
Em setembro de 2005, no Conselho de Governadores da AIEA, a Rússia não votou contra uma resolução que abriu as portas para levar o problema nuclear do Irã ao CS, com poderes para impor sanções.
Segundo meios de comunicação russos e americanos, a Casa Branca, que há muito tempo exige que o assunto do Irã seja levado à ONU, conseguiu a permissão do Kremlin em conversa telefônica de Lavrov com a secretária de Estado, Condoleezza Rice, nesta terça-feira.
No entanto, não está claro se este consenso da Rússia se refere exclusivamente à reunião extraordinária do Conselho da AIEA ou se pode ser estendida ao CS, onde o Kremlin tem direito a veto por sua condição de membro permanente da entidade.
"Não descartamos nenhuma variante sobre a forma de trabalho, mas em essência só pode se tratar de uma política com características diplomáticas", disse o chefe da diplomacia russa, Serguei Lavrov, em declarações à emissora de rádio Eco de Moscou.
"O problema iraniano é muito grave, pois não se pode esquecer que o Irã possui um programa de foguetes bastante avançado e mísseis de médio e longo alcance, o que dá mais argumentos políticos aos que opinam que só se pode falar com o Irã por meio do Conselho de Segurança da ONU", completou.
"Quando dizem que a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) deve enviar este problema ao Conselho de Segurança, se esquecem que o órgão pode discutir qualquer assunto proposto por qualquer um de seus membros".
Lavrov insistiu que o Irã tem o direito de ter um programa atômico civil, mas que primeiro deve "cumprir com as obrigações que derivam deste direito" e, antes de tudo, "informar à AIEA sobre o trabalho realizado dentro de seu programa nuclear".
Além disso, o chefe da diplomacia russa disse que as palavras do presidente iraniano, o ultraconservador Mahmoud Ahmadinejad, que desejou a morte ao primeiro-ministro israelense, Ariel Sharon, são tão "inadmissíveis" quanto suas declarações anteriores, quando disse que Israel e Estados Unidos devem ser riscados da face da terra.
Lavrov fez as declarações pouco antes de uma reunião em Berlim na qual os ministros de Exteriores da Alemanha, da França e do Reino Unido, além do Alto Representante de Segurança e Exteriores da União Européia (UE), Javier Solana, pediram um encontro urgente do Conselho da AIEA para decidir se o assunto iraniano deve ir à ONU.
Lavrov disse que, "de todas as formas, o Conselho de Segurança por si só dificilmente poderá resolver o problema iraniano sem os profissionais da AIEA".
O ministro russo insistiu que "é preciso aproveitar todas as possibilidades oferecidas pelo formato da AIEA", e disse que a Rússia na reunião do Conselho de Governadores da entidade propõe "a estabilização antes de tudo na solução dos problemas que continuam pendentes" em relação ao dossiê nuclear iraniano.
O futuro do dossiê "dependerá de como o Irã reagirá e da postura que os membros do Conselho de Governadores adotarão".
"Nós queremos que seja uma postura de consenso", disse Lavrov.
Segundo ele, a decisão do Irã de romper os lacres da AIEA em três de suas instalações nucleares "não é ilegal do ponto de vista do direito internacional".
"Os lacres já foram retirados, e isto ocorreu na presença dos inspetores da AIEA, que - de acordo com todas as normas - devem consentir o pedido de qualquer país para estar presente nessas operações", disse o chefe da diplomacia russa.
A Rússia, junto com a China, se mostrou contrária à discussão do assunto na ONU. Possui vários interesses econômicos e está construindo uma usina nuclear para o país árabe.
Em setembro de 2005, no Conselho de Governadores da AIEA, a Rússia não votou contra uma resolução que abriu as portas para levar o problema nuclear do Irã ao CS, com poderes para impor sanções.
Segundo meios de comunicação russos e americanos, a Casa Branca, que há muito tempo exige que o assunto do Irã seja levado à ONU, conseguiu a permissão do Kremlin em conversa telefônica de Lavrov com a secretária de Estado, Condoleezza Rice, nesta terça-feira.
No entanto, não está claro se este consenso da Rússia se refere exclusivamente à reunião extraordinária do Conselho da AIEA ou se pode ser estendida ao CS, onde o Kremlin tem direito a veto por sua condição de membro permanente da entidade.
Fonte:
EFE
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/325378/visualizar/
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