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Indústria esperava demanda maior: estoques aumentaram e produção caiu
Pesquisa da FGV mostra que neste mês a situação dos estoques está melhor. Segundo o levantamento, 12% dos entrevistados das 489 empresas que responderam à prévia consideram seus estoques excessivos e 3% insuficientes.
São Paulo - Os empresários da indústria falharam na projeção sobre a demanda por seus produtos ao longo de 2005 e acabaram acumulando estoques que ainda estão em processo de desova. Por conta disso, a produção industrial desacelerou no quarto trimestre e só deve ser retomada depois de janeiro. A avaliação é de Aloísio Campelo, coordenador da Sondagem Conjuntural da Indústria de Transformação da FGV.
Segundo os dados prévios da pesquisa, divulgados hoje, julho de 2005 foi o ápice dos estoques do ano na indústria de transformação. Naquele mês, 18% das empresas entrevistadas consideraram seus estoques excessivos, enquanto apenas 2% qualificaram os mesmos como insuficientes. O saldo entre os dois extremos foi negativo em 16 pontos porcentuais, um dos piores desde 1998. Esse saldo ficou bem acima da média do indicador, que é de -7%. "Os empresários erraram a mão nas projeções de demanda e ficaram estocados", reiterou Campelo.
A pesquisa da FGV mostra que neste mês a situação dos estoques está um pouco melhor. Segundo o levantamento, 12% dos entrevistados das 489 empresas que responderam à prévia consideram seus estoques excessivos e 3% insuficientes. O saldo, negativo em 9 pontos porcentuais, ficou ainda pior que a média. Isso indica, segundo o economista, que a indústria tem conseguido aos poucos reduzir seus estoques. A expectativa é de que a produção pode se recuperar, talvez não no primeiro mês do ano, mas nos meses seguintes.
"Se não houver surpresas na política monetária, a produção tende a melhorar", afirmou Campelo, ressaltando que o empresário está muito mais cauteloso procurando evitar o ocorrido em 2005. Campelo ressaltou que, embora os juros tivessem iniciado trajetória de alta em setembro de 2004, os empresários não apostaram em recuo forte da demanda. A indústria vinha então embalada pelo forte crescimento de 2004. "Janeiro mostrou a continuidade no ajuste de estoques iniciado no segundo semestre do ano passado", reiterou Campelo. Na avaliação do economista, os dados de janeiro da prévia são fracos, mas mostram que o desempenho da indústria parou de piorar.
Demanda fraca Em relação à demanda, a expectativa da indústria de transformação para este mês é muito melhor do que a verificada em julho de 2005, ponto alto dos estoques. Entre os entrevistados, 20% acreditam que a demanda neste mês será fraca, contra 9% que acreditam em procura forte por seus produtos. O saldo é negativo em 11 pontos porcentuais. Em julho do ano passado, 32% consideravam a demanda fraca, ante 11% que apostavam em uma procura forte. O saldo é negativo em 21 pontos porcentuais.
Um dos principais problemas apontados pela pesquisa da demanda na indústria refere-se às exportações. Entre os entrevistados, 26% acreditam em aumento da demanda externa por seus produtos neste primeiro trimestre, contra 21% que acreditam em queda. O saldo é positivo em 5 pontos porcentuais, mas é o pior para o trimestre de janeiro a março desde 2002, quando o saldo foi de 3 pontos porcentuais. Nos três primeiros meses de 2005, o saldo foi positivo em 11 pontos e no mesmo período de 2004 foi de 17 pontos porcentuais. "Isso mostra claramente a dificuldade que a indústria vê para colocar seus produtos no exterior por conta do câmbio desvalorizada", destacou Campelo.
São Paulo - Os empresários da indústria falharam na projeção sobre a demanda por seus produtos ao longo de 2005 e acabaram acumulando estoques que ainda estão em processo de desova. Por conta disso, a produção industrial desacelerou no quarto trimestre e só deve ser retomada depois de janeiro. A avaliação é de Aloísio Campelo, coordenador da Sondagem Conjuntural da Indústria de Transformação da FGV.
Segundo os dados prévios da pesquisa, divulgados hoje, julho de 2005 foi o ápice dos estoques do ano na indústria de transformação. Naquele mês, 18% das empresas entrevistadas consideraram seus estoques excessivos, enquanto apenas 2% qualificaram os mesmos como insuficientes. O saldo entre os dois extremos foi negativo em 16 pontos porcentuais, um dos piores desde 1998. Esse saldo ficou bem acima da média do indicador, que é de -7%. "Os empresários erraram a mão nas projeções de demanda e ficaram estocados", reiterou Campelo.
A pesquisa da FGV mostra que neste mês a situação dos estoques está um pouco melhor. Segundo o levantamento, 12% dos entrevistados das 489 empresas que responderam à prévia consideram seus estoques excessivos e 3% insuficientes. O saldo, negativo em 9 pontos porcentuais, ficou ainda pior que a média. Isso indica, segundo o economista, que a indústria tem conseguido aos poucos reduzir seus estoques. A expectativa é de que a produção pode se recuperar, talvez não no primeiro mês do ano, mas nos meses seguintes.
"Se não houver surpresas na política monetária, a produção tende a melhorar", afirmou Campelo, ressaltando que o empresário está muito mais cauteloso procurando evitar o ocorrido em 2005. Campelo ressaltou que, embora os juros tivessem iniciado trajetória de alta em setembro de 2004, os empresários não apostaram em recuo forte da demanda. A indústria vinha então embalada pelo forte crescimento de 2004. "Janeiro mostrou a continuidade no ajuste de estoques iniciado no segundo semestre do ano passado", reiterou Campelo. Na avaliação do economista, os dados de janeiro da prévia são fracos, mas mostram que o desempenho da indústria parou de piorar.
Demanda fraca Em relação à demanda, a expectativa da indústria de transformação para este mês é muito melhor do que a verificada em julho de 2005, ponto alto dos estoques. Entre os entrevistados, 20% acreditam que a demanda neste mês será fraca, contra 9% que acreditam em procura forte por seus produtos. O saldo é negativo em 11 pontos porcentuais. Em julho do ano passado, 32% consideravam a demanda fraca, ante 11% que apostavam em uma procura forte. O saldo é negativo em 21 pontos porcentuais.
Um dos principais problemas apontados pela pesquisa da demanda na indústria refere-se às exportações. Entre os entrevistados, 26% acreditam em aumento da demanda externa por seus produtos neste primeiro trimestre, contra 21% que acreditam em queda. O saldo é positivo em 5 pontos porcentuais, mas é o pior para o trimestre de janeiro a março desde 2002, quando o saldo foi de 3 pontos porcentuais. Nos três primeiros meses de 2005, o saldo foi positivo em 11 pontos e no mesmo período de 2004 foi de 17 pontos porcentuais. "Isso mostra claramente a dificuldade que a indústria vê para colocar seus produtos no exterior por conta do câmbio desvalorizada", destacou Campelo.
Fonte:
Agência Estado
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/325390/visualizar/
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