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Internacional
Quinta - 12 de Janeiro de 2006 às 18:54

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Os corpos de 24 imigrantes haitianos que morreram asfixiados na República Dominicana enquanto eram transportados em um caminhão foram sepultados hoje em uma vala comum, depois de haitianos terem impedido a tiros sua repatriação. Os corpos foram enterrados em uma fossa no cemitério da comunidade de Cayuco, em Dajabón, no noroeste da República Dominicana, disse à EFE o procurador adjunto dominicano, Frank Soto, que informou que nenhum dos mortos pôde ser identificado.

Soto declarou que autoridades dominicanas tentaram entregar os corpos a integrantes da Missão das Nações Unidas para a Estabilização do Haiti (Minustah). No entanto, a ação não pôde ser levada adiante por culpa de uma multidão ensandecida.

O veículo que conduzia os caixões dos imigrantes rumo ao Haiti foi interceptado e recebeu disparos provenientes da cidade haitiana de Quanaminthe, a 600 metros da fronteira, e por isso teve que retornar a território dominicano.

O grupo de haitianos exigia a investigação das circunstâncias que envolveram a morte dos imigrantes por parte de autoridades da República Dominicana, explicou o fiscal de Dajabón, Juan Castilla.

De acordo com Castilla, meios de comunicação haitianos informaram que alguns dos corpos apresentavam ferimentos de bala.

Os médicos dominicanos que examinaram os corpos asseguraram, no entanto, que não apresentavam indícios de violência, e que os 24 haitianos morreram por asfixia.

Segundo fontes distintas, o caminhão transportava clandestinamente cerca de 60 haitianos rumo à República Dominicana.

Rafelito Itién, um dos sobreviventes, disse que o veículo foi perseguido por militares e que o motorista e seus dois acompanhantes aceleraram para tentar fugir. Mais de 20 pessoas foram detidas para auxiliar nas investigações a respeito.





Fonte: Terra

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