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Internacional
Quinta - 12 de Janeiro de 2006 às 17:05

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A cada ano cerca de 2 milhões de muçulmanos vão para Meca - o lugar mais sagrado do Islamismo - para participar do ritual que combina crença e paixão durante cinco dias, o Hajj. Muitos muçulmanos poupam dinheiro durante anos para conseguir fazer a peregrinação. Eles, geralmente, viajam milhares de quilômetros. Ao chegar no local, eles enfrentam uma vasta multidão e o forte calor do deserto.

Anfitrião Para o país anfitrião, a Arábia Saudita, o evento tem uma importância especial. As autoridades sauditas estão cientes da sua responsabilidade como guardiãs dos lugares sagrados do Islamismo.

Mas o grande número de peregrinos representa um sério problema. Em anos recentes, centenas de pessoas morreram como resultado de manifestações, fogos, tumulto ou apenas insolação e exaustão.

As autoridades sauditas implementaram um sistema de quotas para tentar diminuir o número de peregrinos. Elas também tentaram, sem sucesso, manter os políticos afastados do Hajj.

Em 1987, centenas de peregrinos foram mortos em confrontos entre as forças de segurança da Arábia Saudita e manifestantes liderados por iranianos.

Passo a passo

Para acompanhar os rituais, o peregrino precisa entrar no estado de Ihram ¿ um estado especial de pureza.

Ele o faz por meio de uma declaração de intenção de realizar o Hajj, vestindo roupas brancas especiais (que também são chamadas de Ihram) e obedecendo certas regras.

Durante o Hajj, os peregrinos são proibidos de:

manter relações sexuais fazer a barba e cortas as unhas usar perfume ou óleos perfumados matar ou caçar qualquer coisa lutar ou discutir mulheres não podem cobrir os seus rostos, mesmo que tenham que fazê-lo nos seus países de origem homens não podem vestir roupas com costura Ao chegar em Meca, o peregrino entra na Grande Mesquita e circunda sete vezes, no sentido anti-horário, o Kaaba (uma construção em formato de cubo localizada no meio da mesquita). Esse ritual é conhecido como Tawaf.

O peregrino também corre sete vezes uma passagem da Grande Mesquita, comemorando a busca por água feita por Hajar, esposa do profeta Abraão.

Dia 1 Peregrinos viajam para Mina em 8 Dhul Hijjah (uma data no calendário islâmico) e permanecem lá até o amanhecer do outro dia.

Dia 2 Peregrinos viajam para o vale do Arafat e ficam de pé ao ar livre rezando por Alá e meditando.

No final do dia, peregrinos viajam para Muzdalifa, onde eles passam a noite. Eles coletam pedras para o próximo dia.

Dia 3 De manhã, os peregrinos retornam para Mina e jogam sete pedras em pilares chamados de Jamaraat, que representam o demônio. Os pilares estão em três locais onde se acredita, pela religião muçulmana, que o Satã aliciou o profeta Abraão.

Os peregrinos sacrificam animais, geralmente ovelhas ou cabras. Isso celebra o incidente relacionado ao Velho Testamento em que o profeta Abraão estava prestes a sacrificar seu filho e Deus aceitou, ao invés dele, uma ovelha.

Hoje em dia, muitos peregrinos pagam alguém para sacrificar o animal por eles.

Nesse dia, os peregrinos também raspam suas cabeças ou cortam parte do cabelo, retornando à Grande Mesquita, em Meca, para mais um ritual de Tawaf. Eles voltam para Mina, onde passam a noite.

Dias 4 e 5 Peregrinos ficam em Mina, atirando pedras contra os pilares. Se um peregrino não conseguir voltar a Meca para circundar o Kaaba, ele ou ela o fazem durante o quarto ou quinto dia do Hajj.





Fonte: Terra

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