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Grandes poluidores do mundo selam pacto de 'boa vontade'
Seis dos países mais poluentes do mundo concluíram na quinta-feira suas negociações sobre as alterações climáticas prometendo gastar milhões de dólares com programas para o desenvolvimento de fontes de energia limpa, mas disseram que os combustíveis fósseis continuariam a ser a base de suas economias por gerações.
Grupos ambientalistas, que classificaram o encontro realizado em Sydney (Austrália) como uma farsa, afirmaram que o dinheiro prometido era irrisório e que os dois dias de negociação não tinham visto surgir compromissos sérios no combate ao aquecimento global.
Em um comunicado divulgado ao final do encontro, os seis países participantes (EUA, Japão, China, Índia, Austrália e Coréia do Sul) não fixam metas para o corte nas emissões de gases do efeito estufa.
Em vez disso, ressaltam a necessidade de que as empresas contribuam com os esforços para cortar essas emissões sem prejudicar o setor de combustíveis fósseis e sem afetar a crescente demanda por energia, particularmente na China e na Índia.
"Trata-se aqui de dar o controle ao setor privado. Trata-se do reconhecimento do fato de que é o setor privado que toma as decisões sobre os investimentos, em todos os países", disse o secretário norte-americano de Energia, Sam Bodman.
Os países reunidos em Sydney respondem por quase metade da emissão de gases do efeito estufa do mundo.
O encontro inaugurou a Parceria Ásia Pacífico para o Desenvolvimento Limpo e o Clima, criada como um caminho alternativo de combate ao aquecimento global fora do Protocolo de Kyoto. A parceria concentra-se no desenvolvimento de novas tecnologias; o protocolo, na fixação de metas de emissão.
O objetivo dos seis países é convencer o setor privado a assumir a liderança nos esforços de desenvolvimento e instalação de fontes de energia mais limpa que impliquem o corte na emissão de gás carbônico e de outros subprodutos surgidos na queima de combustíveis fósseis.
Esses gases estão aquecendo a atmosfera terrestre e ameaçam provocar um caos climático no planeta.
Algumas das maiores empresas dos setores de mineração e energia participaram das negociações em Sydney e prometeram aumentar sua eficiência.
O comunicado final da reunião diz que a redução na emissão de gases do efeito estufa precisa ser obtida sem prejudicar o crescimento econômico.
"Reconhecemos que os combustíveis fósseis sustentam nossas economias, e essa será uma realidade que nos acompanhará durante nossa vida e para além dela", afirmou o documento.
''ACORDO PARA NÃO FAZER NADA''
Grupos ambientalistas condenaram as negociações de Sydney, para eles, nada mais que um "pacto do carvão" entre os maiores poluidores do mundo e as empresas de combustível fóssil, tais como a Exxon Mobil e a Rio Tinto.
"Basicamente, eles acertaram não fazer nada em termos de comprometimento sério", afirmou Amanda Lynch, da Universidade Monach.
A parceria acertou criar oito forças-tarefa com base em setores industriais para desenvolver programas de energia limpa. Essas forças-tarefa contariam com o apoio do fundo de tecnologia e devem apresentar seus planos até a metade de 2006.
A Austrália foi o primeiro país a reservar dinheiro para o fundo de tecnologia, prometendo doar 75 milhões de dólares nos próximos cinco anos. O secretário norte-americano de Energia afirmou que requisitaria 52 milhões de dólares para o fundo no Orçamento de 2007.
Apesar de a parceria ter afirmado que seria um complemento — e não um acordo rival — do Protocolo de Kyoto, os grupos ambientalistas disseram que as negociações em Sydney tinham por meta subverter aquele tratado.
O protocolo obriga cerca de 40 países desenvolvidos a cortar, entre 2008 e 2012, suas emissões de gases do efeito estufa para um nível 5,2 por cento menor que o registrado em 1990.
Os EUA e a Austrália recusaram-se a assinar o acordo de Kyoto — cujos participantes respondem por cerca de 35 por cento das emissões de gases do efeito estufa — afirmando que os cortes prejudicariam o crescimento de suas economias.
Segundo os ambientalistas, o pacto de Sydney fracassará porque não fixa metas e nem oferece incentivos para que o setor privado diminua as emissões.
"O primeiro encontro do pacto climático Ásia-Pacífico apenas confirmou que os maiores emissores de gases do efeito estufa pretendem continuar insistindo com o carvão, o petróleo e o gás apesar dos danos que estão fazendo ao meio ambiente do mundo todo", disse a senadora Christine Milne, dos Verdes da Austrália.
Em um comunicado divulgado ao final do encontro, os seis países participantes (EUA, Japão, China, Índia, Austrália e Coréia do Sul) não fixam metas para o corte nas emissões de gases do efeito estufa.
Em vez disso, ressaltam a necessidade de que as empresas contribuam com os esforços para cortar essas emissões sem prejudicar o setor de combustíveis fósseis e sem afetar a crescente demanda por energia, particularmente na China e na Índia.
"Trata-se aqui de dar o controle ao setor privado. Trata-se do reconhecimento do fato de que é o setor privado que toma as decisões sobre os investimentos, em todos os países", disse o secretário norte-americano de Energia, Sam Bodman.
Os países reunidos em Sydney respondem por quase metade da emissão de gases do efeito estufa do mundo.
O encontro inaugurou a Parceria Ásia Pacífico para o Desenvolvimento Limpo e o Clima, criada como um caminho alternativo de combate ao aquecimento global fora do Protocolo de Kyoto. A parceria concentra-se no desenvolvimento de novas tecnologias; o protocolo, na fixação de metas de emissão.
O objetivo dos seis países é convencer o setor privado a assumir a liderança nos esforços de desenvolvimento e instalação de fontes de energia mais limpa que impliquem o corte na emissão de gás carbônico e de outros subprodutos surgidos na queima de combustíveis fósseis.
Esses gases estão aquecendo a atmosfera terrestre e ameaçam provocar um caos climático no planeta.
Algumas das maiores empresas dos setores de mineração e energia participaram das negociações em Sydney e prometeram aumentar sua eficiência.
O comunicado final da reunião diz que a redução na emissão de gases do efeito estufa precisa ser obtida sem prejudicar o crescimento econômico.
"Reconhecemos que os combustíveis fósseis sustentam nossas economias, e essa será uma realidade que nos acompanhará durante nossa vida e para além dela", afirmou o documento.
''ACORDO PARA NÃO FAZER NADA''
Grupos ambientalistas condenaram as negociações de Sydney, para eles, nada mais que um "pacto do carvão" entre os maiores poluidores do mundo e as empresas de combustível fóssil, tais como a Exxon Mobil e a Rio Tinto.
"Basicamente, eles acertaram não fazer nada em termos de comprometimento sério", afirmou Amanda Lynch, da Universidade Monach.
A parceria acertou criar oito forças-tarefa com base em setores industriais para desenvolver programas de energia limpa. Essas forças-tarefa contariam com o apoio do fundo de tecnologia e devem apresentar seus planos até a metade de 2006.
A Austrália foi o primeiro país a reservar dinheiro para o fundo de tecnologia, prometendo doar 75 milhões de dólares nos próximos cinco anos. O secretário norte-americano de Energia afirmou que requisitaria 52 milhões de dólares para o fundo no Orçamento de 2007.
Apesar de a parceria ter afirmado que seria um complemento — e não um acordo rival — do Protocolo de Kyoto, os grupos ambientalistas disseram que as negociações em Sydney tinham por meta subverter aquele tratado.
O protocolo obriga cerca de 40 países desenvolvidos a cortar, entre 2008 e 2012, suas emissões de gases do efeito estufa para um nível 5,2 por cento menor que o registrado em 1990.
Os EUA e a Austrália recusaram-se a assinar o acordo de Kyoto — cujos participantes respondem por cerca de 35 por cento das emissões de gases do efeito estufa — afirmando que os cortes prejudicariam o crescimento de suas economias.
Segundo os ambientalistas, o pacto de Sydney fracassará porque não fixa metas e nem oferece incentivos para que o setor privado diminua as emissões.
"O primeiro encontro do pacto climático Ásia-Pacífico apenas confirmou que os maiores emissores de gases do efeito estufa pretendem continuar insistindo com o carvão, o petróleo e o gás apesar dos danos que estão fazendo ao meio ambiente do mundo todo", disse a senadora Christine Milne, dos Verdes da Austrália.
Fonte:
Reuters
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/325501/visualizar/
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