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Internacional
Quinta - 12 de Janeiro de 2006 às 09:59

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Um hemofílico que alega ter contraído o HIV pelo uso de um antihemofílico em mal estado iniciou uma batalha legal contra uma empresa estatal à qual pede US$ 2,5 milhões, informou hoje o jornal China Daily.

O produto, conhecido como Fator VIII, foi produzido pela Corporação Biotecnológica Nacional da China (SIBP, na sigla em inglês), dedicada à pesquisa, desenvolvimento e produção de produtos biológicos.

O doente o utilizou durante dois anos, de 1994 a 1996, e só soube que era soropositivo quando sua mulher, após doar sangue, comunicou a ele que tinha contraído HIV.

A SIBP alega que deixou de produzir o Fator VIII em 1995 por iniciativa do Ministério da Saúde, embora Li Wansheng, um alto responsável da empresa, tenha admitido que é possível que alguns departamentos de vendas continuassem despachando remessas em estoque.

Kong Delin, diretor da ONG China Hemophilia Home, e que contraiu hepatite C em um processo similar, garante que há mais de cem hemofílicos que contraíram o vírus da aids ou a hepatite C em todo o país no início dos anos 90 pelo uso de produtos sanguíneos em mau estado.

A província de Henan, no centro do país, foi uma das bases mais importantes para realizar campanhas de doação de sangue por empresas como a SIBP e muitos camponeses foram infectados por culpa do uso de equipamentos em mau estado.

Kong acha que, de fato, há mais de 500 pessoas que, como o litigante, contraíram o vírus acidentalmente mas preferem ficar em silêncio.

O processo chega depois que no mês passado um tribunal da cidade de Harbin (nordeste) aceitou o trâmite da primeira reivindicação de indenizações milionárias por parte de 19 doentes de aids que contraíram o vírus através da venda de sangue.





Fonte: EFE

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