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Cidades/Geral
Quinta - 12 de Janeiro de 2006 às 07:23
Por: Márcia Oliveira

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Os 1,4 mil investigadores e agentes prisionais de Mato Grosso cruzaram os braços em paralisação de 24h e ameaçam entrar em greve por tempo indeterminado amanhã, caso representantes do governo do Estado não recebam a pauta de reivindicações da categoria e inicie as negociações.

Serviços de registro de ocorrências, cumprimento de mandados de prisão, investigações e outros, foram mantidos com o trabalho de 30% dos servidores.

A pauta de reivindicação do grupo, apresentada aos secretários de administração, Geraldo De Vitto e de Justiça e Segurança Pública, Célio Wilson de Oliveira, no segundo semestre de 2005, contempla vários itens. Entre eles está a fixação de um piso salarial para os profissionais que têm nível superior. Os trabalhadores defendem que o valor seja estabelecido em R$ 2,5 mil. Informam que é o mesmo pago aos peritos que cumprem carga horária de 30 horas semanais.

Na categoria o valor é pago atualmente aos que estão caracterizados na classe especial, atingida pela maioria em fim de carreira, explica o tesoureiro do Sindicato dos Agentes Policiais Civis e Carcerários de Mato Grosso (Siagespoc), Sivaldo de Souza. O sindicato também solicita o adicional noturno e a publicação das promoções.

Parte dos funcionários que aderiu ao protesto ocupou a frente da diretoria da Polícia Civil em Cuiabá, a partir das 8h e afirmaram que só deixariam o local depois de serem recebidos. “Queremos retomar as negociações senão a saída será a categoria entrar em greve por tempo indeterminado”, disse Souza.

O Siagespoc ainda reclama o retorno da passagem de ônibus gratuita e a melhoria das condições de trabalho. O presidente do sindicato, Cledison Gonçalves, afirma que 10 delegacias da região norte de Mato Grosso foram fechadas por falta de efetivo. “Cerca de 600 novos profissionais devem ser admitidos no segundo semestre de 2006, mas, ainda assim, o número será insuficiente para dar conta do trabalho”, avalia Souza. O tesoureiro do Siagespoc explica que o “estopim” para a realização do movimento foi a aprovação, na Assembléia Legislativa, de uma lei que garante a concessão de uma verba indenizatória para os delegados.

Sejusp não foi informada sobre a greve

Até a tarde de ontem, a Secretaria de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) não havia recebido comunicado oficial por parte da Sigespoc, comunicando sobre a paralisação por 24 horas. A delegada Thaís Camarinho, secretária de Segurança em exercício, só foi informada que os grevistas iriam fazer protesto em frente ao prédio da diretoria-geral da Polícia Civil.

O diretor substituto da Polícia Civil, delegado Pedro Manzan, informou ontem por meio da assessoria de imprensa que receberia a diretoria do Siagespoc em reunião, mas que as reivindicações seriam encaminhadas para os secretários de Estado. O secretário de Administração, Geraldo De Vitto, está viajando e volta ao trabalho na próxima semana e o de Justiça e Segurança Pública, Célio Wilson, retorna das férias no dia 28, segundo informação das assessorias.

Militar, revoltado, quebra objetos em hotel e é intimado

O militar reformado do Exército Josué da Silva Montão, 41 anos, foi autuado em flagrante na Delegacia Metropolitana de Cuiabá por fraude e danos materiais, às 19h de ontem, depois de quebrar portas, mesas e outros objetos do hotel Miranda, na avenida Fernando Corrêa. O policial militar e filho do proprietário do hotel, Alan Rodrigues Miranda, afirma no boletim de ocorrências (BO) que ouviu barulhos e vozes altas no estabelecimento do pai e foi até o local verificar o que acontecia.

Ao chegar ao hotel, que fica ao lado de sua casa, Miranda informa que teve que imobilizar o militar. Montão estaria com uma cadeira na mão e ameaçava atirar no ventilador de teto da recepção. Ainda segundo o filho do proprietário, logo depois de se apresentar para a hospedagem, Montão urinou nos corredores do hotel e ao chamarem sua atenção, respondeu com agressividade.

“Na recepção ele quebrou a estrutura de vidro de uma mesa, a maçaneta da porta central, os vidros da porta com chutes e se negou a pagar os prejuízos”, relata trechos do BO.

Depois de preencher o procedimento, Monteiro assinou um termo circunstanciado e foi intimado a comparecer na manhã de ontem ao Juizado Criminal Especial.

Pescado Ilegal

O pescador profissional Juvenal Batista Claro, 40 anos, foi detido no bairro CPA II, às 18h30 de ontem, com 37 quilos de pescado ilegal. Ele comercializava o produto na avenida Brasil, quando foi abordado por policiais do Batalhão Ambiental. O produto foi apreendido e o pescador encaminhado para a delegacia Metropolitana de Cuiabá. Os policiais que fizeram a detenção registraram que a carteira de pescador estava vencida e os peixes, tambacu e caxara, estavam fora da medida. Claro foi autuado em flagrante no artigo 34 da lei de crimes ambientais 9.605/98 que estabelece pena de um ano e três meses de detenção. Mas o pescador, que mora no bairro Três Barras, pagou fiança e foi liberado ainda na noite de terça-feira (10).




Fonte: Folha do Estado

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