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EUA dizem que decisão iraniana é 'erro grave'
O governo americano disse nesta quarta-feira que a retomada das atividades em uma usina nuclear no Irã foi um "erro grave" e que é muito provável que o caso seja encaminhado para o Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) para a avaliação de possíveis sanções contra o país.
"O regime iraniano fez outro erro grave e estamos engajados numa diplomacia intensa no momento. Estamos conversando com nossos amigos europeus e outros sobre os próximos passos", afirmou o porta-voz da Casa Branca, Scott McClellan, aos repórteres que acompanharam o presidente George W. Bush numa viagem ao Estado de Kentucky.
O conselho da Agência Internacional de Energia Atômica precisa de maioria simples entre os 35 membros (entre eles o Brasil) para encaminhar o caso para o Conselho de Segurança da ONU.
O governo americano vem tentando enviar o caso para o Conselho de Segurança há mais de um ano, mas um trio de países europeus - Grã-Bretanha, França e Alemanha - vinha tentando negociar com o Irã o fim do programa nuclear do país.
Grã-Bretanha
O primeiro-ministro da Grã-Bretanha, Tony Blair, já havia afirmado nesta quarta-feira que o Conselho de Segurança da ONU deve analisar a possibilidade de sanções contra o Irã.
Vários países, entre eles os Estados Unidos, temem que o Irã esteja mais próximo de desenvolver armas nucleares depois que quebrou, nesta terça-feira, os selos em uma instalação de pesquisa. O governo iraniano, porém, afirma que quer apenas produzir eletricidade.
Falando no Parlamento britânico, Blair afirmou que a medida do governo do Irã gerou temor no mundo todo.
"Não há por que esconder nosso profundo horror em relação à decisão tomada pelo Irã. Quando levada em conta junto com outros comentários feitos a respeito do Estado de Israel, isso gera um alarme real e sério no mundo todo", afirmou o primeiro-ministro.
O premiê disse que os ministros da União Européia, que se reúnem nesta quinta-feira em Berlim, vão decidir como o bloco deve agir.
O ministro da Defesa da Rússia, Sergei Ivanov, também disse nesta quarta-feira que a medida tomada pelo Irã gerou decepção e é motivo para alarme.
Por sua vez, o ex-presidente iraniano Akbar Hashemi Rafsanjani disse que as críticas da comunidade internacional aos planos nucleares do Irã são "intimidação".
Rafsanjani, que segundo analistas ainda tem influência no Irã e é considerado mais moderado do que o atual presidente, Mahmoud Ahmadinejad, disse que estava "surpreso" pela "intimidação, principalmente em uma era de democracia, liberdade e direitos humanos".
Na quinta-feira, o ministro do Exterior britânico, Jack Straw, se reúne com o ministro francês, Philippe Douste-Blazy, o alemão, Frank-Walter Steinmeier, e o comissário de política exterior da União Européia, Javier Solana, para discutir a crise.
O encontro pode levar a uma outra reunião, de emergência, da diretoria da Agência Internacional de Energia Atômica (AEIA), provavelmente em duas ou três semanas.
A diretoria pode então remeter o caso ao Conselho de Segurança da ONU em Nova York.
O Conselho de Segurança poderia tomar várias medidas, que vão desde a divulgação de uma declaração de apoio aos esforços da AIEA em relação ao assunto até a adoção de sanções contra Irã.
"O regime iraniano fez outro erro grave e estamos engajados numa diplomacia intensa no momento. Estamos conversando com nossos amigos europeus e outros sobre os próximos passos", afirmou o porta-voz da Casa Branca, Scott McClellan, aos repórteres que acompanharam o presidente George W. Bush numa viagem ao Estado de Kentucky.
O conselho da Agência Internacional de Energia Atômica precisa de maioria simples entre os 35 membros (entre eles o Brasil) para encaminhar o caso para o Conselho de Segurança da ONU.
O governo americano vem tentando enviar o caso para o Conselho de Segurança há mais de um ano, mas um trio de países europeus - Grã-Bretanha, França e Alemanha - vinha tentando negociar com o Irã o fim do programa nuclear do país.
Grã-Bretanha
O primeiro-ministro da Grã-Bretanha, Tony Blair, já havia afirmado nesta quarta-feira que o Conselho de Segurança da ONU deve analisar a possibilidade de sanções contra o Irã.
Vários países, entre eles os Estados Unidos, temem que o Irã esteja mais próximo de desenvolver armas nucleares depois que quebrou, nesta terça-feira, os selos em uma instalação de pesquisa. O governo iraniano, porém, afirma que quer apenas produzir eletricidade.
Falando no Parlamento britânico, Blair afirmou que a medida do governo do Irã gerou temor no mundo todo.
"Não há por que esconder nosso profundo horror em relação à decisão tomada pelo Irã. Quando levada em conta junto com outros comentários feitos a respeito do Estado de Israel, isso gera um alarme real e sério no mundo todo", afirmou o primeiro-ministro.
O premiê disse que os ministros da União Européia, que se reúnem nesta quinta-feira em Berlim, vão decidir como o bloco deve agir.
O ministro da Defesa da Rússia, Sergei Ivanov, também disse nesta quarta-feira que a medida tomada pelo Irã gerou decepção e é motivo para alarme.
Por sua vez, o ex-presidente iraniano Akbar Hashemi Rafsanjani disse que as críticas da comunidade internacional aos planos nucleares do Irã são "intimidação".
Rafsanjani, que segundo analistas ainda tem influência no Irã e é considerado mais moderado do que o atual presidente, Mahmoud Ahmadinejad, disse que estava "surpreso" pela "intimidação, principalmente em uma era de democracia, liberdade e direitos humanos".
Na quinta-feira, o ministro do Exterior britânico, Jack Straw, se reúne com o ministro francês, Philippe Douste-Blazy, o alemão, Frank-Walter Steinmeier, e o comissário de política exterior da União Européia, Javier Solana, para discutir a crise.
O encontro pode levar a uma outra reunião, de emergência, da diretoria da Agência Internacional de Energia Atômica (AEIA), provavelmente em duas ou três semanas.
A diretoria pode então remeter o caso ao Conselho de Segurança da ONU em Nova York.
O Conselho de Segurança poderia tomar várias medidas, que vão desde a divulgação de uma declaração de apoio aos esforços da AIEA em relação ao assunto até a adoção de sanções contra Irã.
Fonte:
BBC Brasil
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/325621/visualizar/
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