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Google lança site acadêmico no País
São Paulo - O Google lançou ontem no Brasil o Google Acadêmico, a versão em português do Scholar, uma ferramenta de busca direcionada à educação. O buscador permite a localização de artigos científicos, trabalhos acadêmicos e outras publicações de instituições e entidades brasileiras como Universidade de São Paulo (USP), Coordenação de Aperfeiçoamento do Pessoal de Ensino Superior (Capes) e Pontifícia Universidade Católica do Rio (PUC-Rio). Não há trabalhos em outras línguas traduzidos para o português. O endereço do Google Acadêmico é o http://scholar.google.com.br. A versão para busca de trabalhos em inglês é acessada pelo http://scholar.google.com. “Esperamos que pessoas do Brasil usem, mas também que seja utilizado por europeus e americanos que queiram ter acesso a pesquisas brasileiras”, disse ao Estado o criador do Google Scholar, o indiano Anurag Acharya. A ferramenta existe desde 2004 em inglês e já foi criada também em chinês, sueco, norueguês, finlandês e dinamarquês. “Acredito que vai ser útil no Brasil. Os brasileiros já usam muito o Google”, disse Acharya, ao ser questionado da razão de lançá-la no País.
O Google Acadêmico funciona filtrando informações que um sistema de busca comum, como o próprio Google, não faria. Blogs, notícias de jornais e outras fontes não acadêmicas ficam de fora do resultado. Segundo Acharya, o buscador é mais utilizado por estudantes de universidades, pós-graduandos e professores. “Mas ele também é útil para pessoas comuns que queiram saber mais profundamente sobre câncer, por exemplo”, completa.
Copiar e colar - A divulgação de informações sem limites proporcionada por sites como o Google fez surgir no País um grande problema para as escolas e universidades. Há algum tempo, tornou-se comum a prática de fraudar trabalhos, copiando e colando textos de sites.
Caio (nome fictício), de 25 anos, conta que usou textos da internet para fazer pelo menos metade de seus trabalho no curso de Publicidade de uma grande faculdade particular. “Pegava informações em vários lugares, mudava algumas palavras e imprimia”, diz. Nunca foi descoberto pelos professores. Certa vez, copiou da internet um resumo inteiro de O Príncipe, de Maquiavel, e tirou nota 10.
“A internet é um facilitador para a escola, o que precisamos é ensinar como lidar com ela”, diz a diretora pedagógica da Escola Cidade Jardim/Play Pen, Celia Tilkian. Para ela, se os professores pedirem aos alunos trabalhos reflexivos e não apenas descritivos, fica difícil copiar da internet.
“O problema está menos no aluno e mais na proposta feita pelo professor”, concorda o coordenador do ensino médio do Colégio Lourenço Castanho, Wagner Borja. Segundo ele, os casos de cópia da internet são comuns a partir da 8ª série.
Para tentar resolver o problema, o colégio já passou a exigir lições feitas à mão. “Pelo menos, dá um pouco mais de trabalho”, diz Borja. Além disso, quando desconfia de um texto com linguagem inapropriada para um aluno do ensino básico, o coordenador procura no próprio Google a informação causadora da dúvida. “O buscador acaba mostrando certinho onde a informação estava.”
Essa é justamente a defesa de Acharya para os que dizem que seu Scholar poderia propiciar fraudes escolares. Para ele, cópias de livros de bibliotecas sempre existiram e era até mais difícil para o professor descobrir. “Hoje, se a informação foi pega da internet, fica mais fácil achar a fonte da cópia”, explica.
O Google não monitora o uso que é feito dos trabalhos científicos ou artigos disponíveis no Scholar. Mas Acharya diz que não há qualquer problema com violação de direitos autorais. A ferramenta só ajuda a encontrar mais facilmente informações já disponíveis na rede. Mesmo assim, ele conta que entrou em contato com instituições como USP, PUC-Rio e com a Capes, responsável pela pós-graduação no País.
O buscador apresenta os resultados da pesquisa por ordem de importância, assim como faz o Google. São considerados relevantes os artigos mais citados na literatura acadêmica e em que publicação ele pareceu. Sempre que possível, o Scholar busca também o texto na íntegra. O Google existe desde 1998 e foi fundado pelos estudantes de doutorado da Universidade de Stanford, na Califórnia, Larry Page e Sergey Brin.
O Google Acadêmico funciona filtrando informações que um sistema de busca comum, como o próprio Google, não faria. Blogs, notícias de jornais e outras fontes não acadêmicas ficam de fora do resultado. Segundo Acharya, o buscador é mais utilizado por estudantes de universidades, pós-graduandos e professores. “Mas ele também é útil para pessoas comuns que queiram saber mais profundamente sobre câncer, por exemplo”, completa.
Copiar e colar - A divulgação de informações sem limites proporcionada por sites como o Google fez surgir no País um grande problema para as escolas e universidades. Há algum tempo, tornou-se comum a prática de fraudar trabalhos, copiando e colando textos de sites.
Caio (nome fictício), de 25 anos, conta que usou textos da internet para fazer pelo menos metade de seus trabalho no curso de Publicidade de uma grande faculdade particular. “Pegava informações em vários lugares, mudava algumas palavras e imprimia”, diz. Nunca foi descoberto pelos professores. Certa vez, copiou da internet um resumo inteiro de O Príncipe, de Maquiavel, e tirou nota 10.
“A internet é um facilitador para a escola, o que precisamos é ensinar como lidar com ela”, diz a diretora pedagógica da Escola Cidade Jardim/Play Pen, Celia Tilkian. Para ela, se os professores pedirem aos alunos trabalhos reflexivos e não apenas descritivos, fica difícil copiar da internet.
“O problema está menos no aluno e mais na proposta feita pelo professor”, concorda o coordenador do ensino médio do Colégio Lourenço Castanho, Wagner Borja. Segundo ele, os casos de cópia da internet são comuns a partir da 8ª série.
Para tentar resolver o problema, o colégio já passou a exigir lições feitas à mão. “Pelo menos, dá um pouco mais de trabalho”, diz Borja. Além disso, quando desconfia de um texto com linguagem inapropriada para um aluno do ensino básico, o coordenador procura no próprio Google a informação causadora da dúvida. “O buscador acaba mostrando certinho onde a informação estava.”
Essa é justamente a defesa de Acharya para os que dizem que seu Scholar poderia propiciar fraudes escolares. Para ele, cópias de livros de bibliotecas sempre existiram e era até mais difícil para o professor descobrir. “Hoje, se a informação foi pega da internet, fica mais fácil achar a fonte da cópia”, explica.
O Google não monitora o uso que é feito dos trabalhos científicos ou artigos disponíveis no Scholar. Mas Acharya diz que não há qualquer problema com violação de direitos autorais. A ferramenta só ajuda a encontrar mais facilmente informações já disponíveis na rede. Mesmo assim, ele conta que entrou em contato com instituições como USP, PUC-Rio e com a Capes, responsável pela pós-graduação no País.
O buscador apresenta os resultados da pesquisa por ordem de importância, assim como faz o Google. São considerados relevantes os artigos mais citados na literatura acadêmica e em que publicação ele pareceu. Sempre que possível, o Scholar busca também o texto na íntegra. O Google existe desde 1998 e foi fundado pelos estudantes de doutorado da Universidade de Stanford, na Califórnia, Larry Page e Sergey Brin.
Fonte:
Agência Estado
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/325642/visualizar/
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