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Internacional
Quarta - 11 de Janeiro de 2006 às 10:39

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O Governo chinês se negou hoje a confirmar as informações procedentes de Seul sobre a presença do líder norte-coreano, Kim Jong-II, na China. Um porta-voz oficial do Ministério de Assuntos Exteriores chinês disse hoje à EFE que não está autorizado a informar sobre a suposta visita.

A mesma resposta foi dada ontem, em entrevista coletiva, pelo principal porta-voz do Ministério, Kong Quan, diante das insistentes perguntas dos jornalistas, que tinham lido em meios sul-coreanos e japoneses sobre a viagem "secreta" do líder norte-coreano.

Fontes dos serviços secretos sul-coreanos no Japão afirmaram que Kim estava viajando para a China de trem, seu meio de transporte favorito, utilizado em viagens anteriores, e que cruzou a fronteira em meio a rígidas medidas de segurança.

"Não sabemos nada sobre a passagem desse trem", disseram funcionários da passagem fronteiriça de Dadong à EFE, por telefone.

No entanto, a agência sul-coreana Yonhap informou, citando fontes diplomáticas, que o líder norte-coreano chegou na segunda-feira a Xangai de avião e que concluirá sua visita em Pequim, onde se reuniria com Hu Jintao.

Os mesmos meios sul-coreanos também informaram hoje sobre a presença de Kim em Xangai, a capital econômica da China, onde teria visitado diversas instalações.

Outros meios de comunicação de Seul e do Japão informaram que Kim Jong-II está de passagem pela China rumo à Rússia.

O mistério mostrado por Pequim em relação à eventual viagem é uma prática habitual com as delegações de certos países comunistas.

A expectativa aumentou porque esta viagem acontece durante o recesso, desde novembro, da quinta rodada do diálogo entre as duas Coréias, EUA, Rússia, Japão e China sobre o desarmamento nuclear norte-coreano. As negociações deveriam ser retomadas em dezembro.

Em outubro, o presidente da China, Hu Jintao, viajou para Pyongyang a convite de Kim, e semanas depois a Coréia do Norte retornou ao diálogo multilateral, após semanas de incerteza.

Nas últimas semanas, Pyongyang disse que não voltaria a dialogar a menos que Washington retirasse as sanções impostas em 2005 a empresas norte-coreanas por suposta lavagem de dinheiro e venda de armas de destruição em massa.





Fonte: EFE

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