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Fischer: Sharon nunca foi homem de paz como político ou militar
O ex-ministro alemão das Relações Exteriores Joschka Fisher considera que o primeiro-ministro de Israel, Ariel Sharon, "nunca foi um homem da paz, nem como político nem como militar", mas reconhece que a retirada de Gaza é um mérito pessoal que ficará para sempre.
Em artigo que será publicado na edição de amanhã da revista Die Zeit, o ex-chefe da diplomacia alemã faz um balanço pessoal sobre Sharon, no qual destaca como positiva e "quase revolucionária" sua decisão de retirada de Gaza sem exigir nada em troca dos palestinos.
Ao mesmo tempo, Sharon é o artífice da "expansão territorial e com isso do movimento colono israelense", sustenta Fischer, quem em seus sete anos como ministro das Relações Exteriores transformou o conflito do Oriente Médio em um dos assuntos centrais de sua política e buscou manter boas relações com ambas partes.
Para Fischer, Sharon "nunca acreditou realmente na possibilidade de conseguir a paz com os palestinos, e muito menos com Yasser Arafat".
"Muitas vezes falamos sobre isto e o primeiro-ministro sempre manifestava sua convicção de que a parte árabe não estava disposta a reconhecer realmente Israel e que ambas as partes tinham reivindicações muito divergentes e insuperáveis sobre o status final", acrescenta Fischer.
Em relação ao status final de Jerusalém, "tinha e continua tendo uma posição inalterável", afirma Fischer, que, no entanto, ressalta que com a retirada de Gaza, Sharon conseguiu mudar as perspectivas políticas para o Oriente Médio, algo que, segundo sua opinião, não se modificará logo, independentemente de quem ganhar as próximas eleições.
Fischer, que participou da elaboração do chamado Mapa do Caminho para a paz na região, acha que o mais importante a se fazer agora é corrigir alguns erros decisivos cometidos por Sharon, como, por exemplo, não ter dado uma perspectiva aos antigos territórios palestinos ocupados.
Israel "nunca deu uma resposta satisfatória" a este problema e se limitou a assinalar que, "a partir de agora, Gaza e sua evolução passava a ser assunto dos palestinos", acrescenta Fischer, que adverte que para "a segurança de Israel seria um pesadelo" se os territórios palestinos fossem "abandonados militarmente, segregados, sem inter-relação e sem possibilidade de subsistir".
"Ariel Sharon começou uma mudança histórica com a retirada de Gaza. Provavelmente, outros deverão prosseguir caminho", conclui Fische
Em artigo que será publicado na edição de amanhã da revista Die Zeit, o ex-chefe da diplomacia alemã faz um balanço pessoal sobre Sharon, no qual destaca como positiva e "quase revolucionária" sua decisão de retirada de Gaza sem exigir nada em troca dos palestinos.
Ao mesmo tempo, Sharon é o artífice da "expansão territorial e com isso do movimento colono israelense", sustenta Fischer, quem em seus sete anos como ministro das Relações Exteriores transformou o conflito do Oriente Médio em um dos assuntos centrais de sua política e buscou manter boas relações com ambas partes.
Para Fischer, Sharon "nunca acreditou realmente na possibilidade de conseguir a paz com os palestinos, e muito menos com Yasser Arafat".
"Muitas vezes falamos sobre isto e o primeiro-ministro sempre manifestava sua convicção de que a parte árabe não estava disposta a reconhecer realmente Israel e que ambas as partes tinham reivindicações muito divergentes e insuperáveis sobre o status final", acrescenta Fischer.
Em relação ao status final de Jerusalém, "tinha e continua tendo uma posição inalterável", afirma Fischer, que, no entanto, ressalta que com a retirada de Gaza, Sharon conseguiu mudar as perspectivas políticas para o Oriente Médio, algo que, segundo sua opinião, não se modificará logo, independentemente de quem ganhar as próximas eleições.
Fischer, que participou da elaboração do chamado Mapa do Caminho para a paz na região, acha que o mais importante a se fazer agora é corrigir alguns erros decisivos cometidos por Sharon, como, por exemplo, não ter dado uma perspectiva aos antigos territórios palestinos ocupados.
Israel "nunca deu uma resposta satisfatória" a este problema e se limitou a assinalar que, "a partir de agora, Gaza e sua evolução passava a ser assunto dos palestinos", acrescenta Fischer, que adverte que para "a segurança de Israel seria um pesadelo" se os territórios palestinos fossem "abandonados militarmente, segregados, sem inter-relação e sem possibilidade de subsistir".
"Ariel Sharon começou uma mudança histórica com a retirada de Gaza. Provavelmente, outros deverão prosseguir caminho", conclui Fische
Fonte:
EFE
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/325889/visualizar/
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