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Internacional
Quarta - 11 de Janeiro de 2006 às 07:58

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O engenheiro francês Bernard Planche, que foi libertado no sábado no Iraque após permanecer 35 dias seqüestrado, estava em contato com os serviços secretos franceses, informa hoje o jornal Le Figaro. Sem pertencer aos serviços secretos, Planche propôs sua ajuda e contribuiu durante sua estada em Bagdá, assinalaram fontes oficiais ao jornal, ao ressaltar que era uma ajuda "limitada e de pouco valor".

O misterioso engenheiro, de 52 anos, voltou na segunda-feira à noite à França e, alegando estado de "fraqueza", não deu nenhuma informação sobre o seqüestro, o cativeiro e a libertação.

Desde então, e segundo o procedimento habitual para os reféns recém-libertados, Planche é entrevistado por agentes dos serviços secretos franceses para obter informação sobre seus seqüestradores, entre outros assuntos.

Estas sessões acontecem perto da base aérea de Orleans (cerca de 130 quilômetros de Paris), aonde Planche chegou num avião militar francês e onde foi amparado por seus parentes e pelo ministro de Exteriores francês, Philippe Douste-Blazy, que também não deu detalhes sobre o caso.

Planche foi seqüestrado por homens armados em 5 de dezembro na casa onde vivia sozinho e sem proteção num luxuoso bairro de Bagdá.

Ele trabalhava para a quase desconhecida ONG Aaccess, especializada em projetos de reabilitação de serviços de água potável que, segundo explicou em reunião de ONGs organizada pela ONU em Amã em 2005, era financiada com fundos do "Exército americano".

Em vídeo divulgado três semanas depois do seqüestro, seus seqüestradores, que diziam pertencer ao desconhecido Batalhão de Vigilância para o Iraque, exigiram o fim da "presença ilegítima" da França no Iraque, país no qual não há tropas francesas.

Planche foi libertado no sábado quando seus seqüestradores abandonaram precipitadamente a fazenda onde o mantinham preso, devido a uma operação de controle realizada por forças iraquianas e americanas, segundo a versão dos militares americanos validada ontem pelo Governo francês.

Segundo o Le Figaro, as autoridades francesas estão convencidas de que o seqüestro de Planche foi premeditado, contrariamente aos dos três jornalistas franceses que tinham sido raptados no Iraque em 2004 e 2005.





Fonte: Terra

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