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Repórter News - reporternews.com.br
Internacional
Quarta - 11 de Janeiro de 2006 às 07:13

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O primeiro-ministro israelense, Ariel Sharon, segue em situação estável e sua vida não corre mais risco imediato, uma semana depois do grave derrame cerebral sofrido, informaram hoje os médicos do hospital Hadassah de Jerusalém. Os médicos prosseguirão hoje com o processo de estímulos a reações do primeiro-ministro e esperam que o efeito do sedativo desapareça completamente, o que deve levar 36 horas.

Ministra é apontada como culpada de derrame Na manhã desta quarta-feira, fontes do hospital anunciaram que o estado de saúde de Sharon não sofreu alterações durante a noite. Segundo Yoram Weiss, chefe da unidade de anestesia do centro médico, os especialistas que tentam despertá-lo do coma desde segunda-feira sentiram uma leve melhora na atividade cerebral do chefe do governo.

O premier de Israel responde lentamente aos estímulos com movimentos dos dois lados do corpo e respira cada vez melhor por si mesmo, apesar de ainda permanecer inconsciente e conectado a aparelhos.

Na terça-feira, o premier começou a mover a parte esquerda do corpo, que os médicos temiam que estivesse paralisada.

Apesar do processo de despertar de Sharon evoluir da maneira esperada, o estado de saúde do israelense permanece grave e o caminho a percorrer ainda é muito longo. "O estado é grave, mas a vida dele não corre perigo de forma imediata. Será preciso paciência para vê-lo de volta. Estávamos à beira do precipício e nos afastamos uns cinco metros", declarou Weiss.

No momento, os especialistas não podem determinar os danos cerebrais e as seqüelas nos sistemas cognitivo e motor do primeiro-ministro. De acordo com o neurocirurgião argentino Félix Umansky, que atende o premier, saber com exatidão os danos sofridos pelo cérebro de Sharon e as seqüelas pode demorar muito.

"Ainda estamos muito longe de poder determinar a extensão do dano. Poderia levar semanas e inclusive meses", declarou Umansky ao jornal Yediot Aharonot.

O médico explicou que era incapaz de prever se o primeiro-ministro, 77 anos, terá condições de recuperar-se por completo. "Em alguns casos a recuperação total é possível, em outros não", se limitou a declarar.

No entanto, está praticamente descartada a possibilidade de Sharon voltar a assumir o cargo de primeiro-ministro, mas a dúvida dos israelenses agora é se ele voltará a se parecer com o homem que foi e poderá ter uma vida digna.





Fonte: AFP

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