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Internacional
Terça - 10 de Janeiro de 2006 às 21:54

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Empenhado em reconquistar apoio a seus planos no Iraque, o presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, voltou hoje a fazer um balanço do conflito no país árabe e a defender sua estratégia contra o terror, utilizando-se de uma tática que, por enquanto, não lhe deu resultados.

Hoje, Bush discursou num hotel de Washington, numa audiência de veteranos de guerra, repetindo a mensagem que vem lançando desde que, no último mês de dezembro, decidiu iniciar sua estratégia de convencer por meio da insistência.

O presidente americano reiterou que os EUA não se darão por vencidos no Iraque até que haja "uma vitória completa" e que durante este ano haverá mais derramamento de sangue no país árabe e mais sacrifício, "porque os inimigos da liberdade continuam semeando a violência e a destruição".

Ao mesmo tempo, ele disse ainda que haverá também "mais progressos rumo à vitória" em todos os âmbitos: político, de segurança e de reconstrução.

Bush pediu hoje aos iraquianos que deixem de lado suas diferenças políticas, étnicas e religiosas para formar um Governo de união nacional.

"O compromisso, o consenso e o poder partilhado são o único caminho rumo à união nacional e a uma democracia duradoura", ressaltou o presidente, antes de insistir que não é possível avançar num país dividido em facções - e lembrar que há o risco de uma volta às mãos da tirania.

Segundo Bush, a vitória no Iraque só será possível quando os insurgentes deixarem de ameaçar a democracia e quando as Forças de Segurança iraquianas estiverem preparadas para assumir a defesa do país.

Até então, o presidente dos Estados Unidos parece decidido a não modificar em nada sua estratégia, apesar da maioria dos americanos seguir sem estar convencida de que seja a mais adequada.

As últimas pesquisas de opinião voltam a mostrar que sua mensagem não está ecoando nos cidadãos, já que apenas 39% aprovam a forma com que ele está lidando com a guerra. O índice é dois pontos percentuais menor em relação aos que estavam de acordo com ele em dezembro.

Além disso, é preciso lembrar que as circunstâncias dentro do país não estão ajudando, já que nos últimos dias houve um aumento na violência e nas baixas americanas, que já superam as 2.200.

Apesar disso, Bush reiterou hoje que os EUA não modificarão o rumo do conflito pelo aumento nos conflitos, e muito menos por questões partidárias apresentadas pelos políticos mais críticos com sua política.

Bush se dirigiu a eles, sem citar nomes, e advertiu que não tentem utilizar o Iraque a fim de tirar proveito das eleições do próximo mês de novembro, quando se renovará a Câmara de Representantes e um terço do Senado.

"Uma coisa é que haja um debate enérgico sobre a guerra, e outra que exista uma discussão bipartidária irresponsável que possa prejudicar a missão das tropas americanas no exterior", afirmou.

Na sua opinião, os cidadãos saberão distinguir entre os críticos honestos, que não estão de acordo com a forma na qual se estão levando a guerra, e os "críticos partidários, que acham que atuamos no Iraque pelo petróleo, por Israel ou porque enganamos o povo americano".

No entanto, Bush recomendou aos eleitores que exijam aos líderes políticos um debate "que dê crédito", e não "comodidade" aos adversários dos EUA.

O presidente aproveitou a ocasião também para pedir a todos os Governos que prometeram ajuda econômica ao Iraque que cumpram sua palavra.

"As nações que ainda não tiverem enviado sua parte devem mandá-la o mais rápido possível, para que os iraquianos possam reconstruir seu país e criar um futuro melhor para seus filhos", afirmou o presidente americano, em referência aos que ainda não enviaram sua parte do total de US$ 13 bilhões comprometidos pela comunidade internacional.




Fonte: EFE

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