Repórter News - reporternews.com.br
Sharon reage à presença dos filhos
Jerusalém - O primeiro-ministro de Israel, Ariel Sharon, de 77 anos, teve hoje o que pode ser considerada a sua primeira reação de caráter cognitivo desde que sofreu um derrame cerebral, há uma semana. Os médicos do Hospital Hadassah registraram variações na sua pressão sanguínea ao ouvir a voz de seus dois filhos. Omri e Gilad, que passam todo o tempo ao lado do pai, num quarto da UTI neurológica, também têm tocado os acordes de Mozart favoritos de Sharon, na tentativa de estimulá-lo, enquanto ele volta do coma profundo induzido.
O diretor-geral do hospital, Shlomo Mor-Yossef, informou que o primeiro-ministro reagiu a estímulos, movendo o braço esquerdo, e realizando movimentos mais amplos do que os de segunda-feira com o braço e a perna direita. Desde a manhã de segunda-feira, quando os médicos começaram a reduzir a dose de anestesia e de outros medicamentos, Sharon passou a respirar espontaneamente, ainda que conectado a um aparelho. "O plano para as próximas 24 horas é continuar reduzindo a anestesia", disse Mor-Yossef aos jornalistas, num briefing às 17h de hoje em Jerusalém (13h em Brasília). À pergunta sobre como os médicos acreditam que Sharon voltará do coma, o chefe do Departamento de Anestesia e Cuidados Intensivos do hospital, Charles Weissman, respondeu apenas: "É muito cedo para dizer."
No fim de semana, o neurocirurgião argentino José Cohen, que conduziu as três operações de drenagem do sangue no cérebro de Sharon, afirmou, numa entrevista ao serviço espanhol da BBC, que o primeiro-ministro não poderia voltar ao cargo. Na segunda-feira, o chefe do Departamento de Neurocirurgia do hospital, Félix Umansky, declarou que "não se pode dizer, neste momento, quais vão ser as funções cognitivas dele".
Pressionado pelos repórteres a detalhar as condições do primeiro-ministro, Weissman, que tem passado a maior parte do tempo no quarto de Sharon, disse, sorrindo, que ele gozava, antes do derrame, de "muito bom estado físico", e que "sua recuperação tem sido a esperada em tais condições". Médicos não envolvidos no caso têm comentado que a obesidade de Sharon dificultaria sua recuperação.
Mor-Yossef informou ainda que "a pressão sanguínea, a pressão intracraniana e a febre do primeiro-ministro estão dentro dos limites". Na sua avaliação, houve uma "ligeira melhora na condição neurológica", embora o estado de Sharon continue "grave, crítico, mas estável".
O diretor-geral do hospital desmentiu notícia publicada hoje pelo jornal israelense Haaretz, segundo a qual, ao chegar ao hospital, no dia 4, teria sido diagnosticada, em Sharon, uma doença conhecida como angiopatia amilóide cerebral. De acordo com a versão, esse diagnóstico não recomendaria a administração de anticoagulantes, como os que vinham sendo tomados por Sharon desde que um coágulo provocou um primeiro leve derrame, no dia 18 de dezembro. Nesse caso, os anticoagulantes poderiam ter provocado a hemorragia cerebral de uma semana atrás. "O primeiro-ministro chegou inconsciente ao hospital na quarta-feira à noite", rebateu Mor-Yossef. "Era impossível diagnosticar qualquer coisa."
O diretor-geral do hospital, Shlomo Mor-Yossef, informou que o primeiro-ministro reagiu a estímulos, movendo o braço esquerdo, e realizando movimentos mais amplos do que os de segunda-feira com o braço e a perna direita. Desde a manhã de segunda-feira, quando os médicos começaram a reduzir a dose de anestesia e de outros medicamentos, Sharon passou a respirar espontaneamente, ainda que conectado a um aparelho. "O plano para as próximas 24 horas é continuar reduzindo a anestesia", disse Mor-Yossef aos jornalistas, num briefing às 17h de hoje em Jerusalém (13h em Brasília). À pergunta sobre como os médicos acreditam que Sharon voltará do coma, o chefe do Departamento de Anestesia e Cuidados Intensivos do hospital, Charles Weissman, respondeu apenas: "É muito cedo para dizer."
No fim de semana, o neurocirurgião argentino José Cohen, que conduziu as três operações de drenagem do sangue no cérebro de Sharon, afirmou, numa entrevista ao serviço espanhol da BBC, que o primeiro-ministro não poderia voltar ao cargo. Na segunda-feira, o chefe do Departamento de Neurocirurgia do hospital, Félix Umansky, declarou que "não se pode dizer, neste momento, quais vão ser as funções cognitivas dele".
Pressionado pelos repórteres a detalhar as condições do primeiro-ministro, Weissman, que tem passado a maior parte do tempo no quarto de Sharon, disse, sorrindo, que ele gozava, antes do derrame, de "muito bom estado físico", e que "sua recuperação tem sido a esperada em tais condições". Médicos não envolvidos no caso têm comentado que a obesidade de Sharon dificultaria sua recuperação.
Mor-Yossef informou ainda que "a pressão sanguínea, a pressão intracraniana e a febre do primeiro-ministro estão dentro dos limites". Na sua avaliação, houve uma "ligeira melhora na condição neurológica", embora o estado de Sharon continue "grave, crítico, mas estável".
O diretor-geral do hospital desmentiu notícia publicada hoje pelo jornal israelense Haaretz, segundo a qual, ao chegar ao hospital, no dia 4, teria sido diagnosticada, em Sharon, uma doença conhecida como angiopatia amilóide cerebral. De acordo com a versão, esse diagnóstico não recomendaria a administração de anticoagulantes, como os que vinham sendo tomados por Sharon desde que um coágulo provocou um primeiro leve derrame, no dia 18 de dezembro. Nesse caso, os anticoagulantes poderiam ter provocado a hemorragia cerebral de uma semana atrás. "O primeiro-ministro chegou inconsciente ao hospital na quarta-feira à noite", rebateu Mor-Yossef. "Era impossível diagnosticar qualquer coisa."
Fonte:
EFE
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/326109/visualizar/
Comentários