Vigilância incinera 150 quilos de caramujo africano em Cáceres

Cento e cinqüenta quilos de caramujo africano vetor de, pelo menos, dois tipos de verminoses altamente prejudiciais a saúde foram incinerados em um forno de uma cerâmica, na manhã de ontem, no distrito do Caramujo, a 30 quilômetros de Cáceres. Os moluscos, capturados em vários terrenos baldios, foram transportados embalados em vários sacos plásticos, em uma caminhonete do Serviço de Vigilância Sanitária. Foi a segunda incineração desse tipo feita em menos de 10 dias no município.

A proliferação exagerada do caramujo em vários pontos está preocupando o setor de saúde do município. Além das campanhas orientativas realizada por agentes de saúde nos bairros, o elevado número de denúncias, levou a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) a designar uma equipe específica do Serviço de Vigilância Sanitária para captura. “A situação e preocupante. Uma equipe de 10 pessoas foi designada somente para captura dos caramujos”, afirmou a coordenadora de Saúde, Sílvia Helena de Paula Marques.

O trabalho da equipe coordenada pelo agente Josué Waldemir de Alcântara é realizado antes do amanhecer porque, com a claridade do sol e a elevação da temperatura os caramujos se escondem dificultando a captura. Apesar do elevado volume dos animais, em vários pontos da cidade, conforme Sílvia Helena, não foi constatado nenhum caso das verminoses angistrongiliase abdominal e angistrongiliase meningoencefálica, transmitidas pelos caramujos africanos.

Como se não bastasse o surgimento dos caramujos africanos, o Serviço de Vigilância Sanitária em Cáceres também se preocupa com o elevado índice de infestação do mosquito aedes aegypti transmissor da dengue e febre amarela. Segundo a coordenadora de Saúde, em vários bairros do município, o índice de infestação está acima do considerado normal pela Organização Mundial de Saúde. “Apesar de nenhum caso ter sido confirmado, a situação é preocupante porque em vários bairros é muito alto o índice de infestação”, afirmou a coordenadora.