Repórter News - reporternews.com.br
Produção industrial em novembro decepciona e preocupa mercado
Produção industrial em novembro decepciona e preocupa mercado
Terça, 10 de Janeiro de 2006, 10h06
Fonte: Reuters
A produção industrial brasileira cresceu menos que o esperado em novembro, em 0,6% ante outubro, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta terça-feira, reforçando a expectativa de que os juros poderão cair em um ritmo mais forte.
Em relação a igual mês do ano anterior, a atividade também expandiu-se em 0,6%. Analistas projetavam em média uma alta de 1,14% na comparação mensal.
Para Sandra Utsumi, eonomista-chefe do Bes Investimentos, o resultado decepcionou, mas tem seu lado positivo: "Veio bem fraco, mas qualitativamente o número veio relativamente positivo, porque mostra uma relativa recuperação dos bens de capital... enquanto os bens de consumo deram uma desacelarada."
Ela acredita, no entanto, que o fraco indicador pode ser um sinal de menor expansão do PIB no fim de 2005 do que o anteriormente previsto. " É provável que os dados de dezembro continuem apresentando crescimento na margem, mas não tem muito fôlego para uma expansão significativa. Isso pode levar a uma revisão para baixo das previsões de avanço do PIB do quarto trimestre."
Já Mario Mesquita, economista-chefe do ABN Amro, mostra visão mais pessimista: "O número é ruim. Sugere que a recuperação que se esperava no quarto trimestre, pelo menos até novembro, não tinha começado."
Para ele, os números da indústria mostram que a economia não vai bem, e que o Banco Central pode ser pressionado a fazer cortes mais profundos na taxa Selic. "É um sinal de economia fraca, o que aumenta a probabilidade de o Banco Central fazer um corte de juro mais agressivo na semana que vem, que seria de 0,75%."
Na Bolsa de Mercadorias & Futuros, todos os contratos de juros futuros operavam em queda. Com a expectativa de juros menores, o dólar operava em alta de 0,71% nesta manhã.
"Em síntese, os índices para novembro de 2005 mostram aumento discreto no ritmo produtivo da indústria, que há dois meses assinala taxas positivas", disse o IBGE em comunicado.
O instituto ressaltou, no entanto, que "como estes resultados não recuperam a queda observada na passagem de agosto para setembro (-2,2%), esta suave aceleração na produção em outubro e novembro não reverte a trajetória declinante verificada no índice de média móvel trimestral".
O índice de média móvel trimestral recuou 0,5% entre os trimestres encerrados em outubro e novembro.
Componentes Em relação a outubro, a produção de bens de capital teve o maior crescimento, de 2,2%. A atividade em bens intermediários avançou 0,2% e de bens de consumo semiduráveis e não-duráveis expandiu-se em 0,5%.
Apenas a produção de consumo duráveis teve queda, de 1,4%.
"A produção de bens intermediários e a de bens de consumo semiduráveis e não duráveis cresceram pelo segundo mês consecutivo... e, no entanto, não neutralizam as perdas observadas no mês de setembro", afirmou o instituto.
Entre as atividades, houve crescimento em 15 dos 23 ramos pesquisados, com destaque para Alimentos (2,2%), Máquinas, aparelhos e materiais elétricos (5,3%), Borracha e plástico (2,9%) e Perfumaria, sabões e produtos de limpeza (6,1%).
Sobre novembro de 2004, a atividade em bens de capital cresceu 4%.
Em bens de consumo semiduráveis e não duráveis houve avanço de 1,4%. Já a produção de bens de consumo duráveis caiu 0,1% e a de bens intermediários recuou 0,1%.
De janeiro a novembro de 2005, a atividade acumula crescimento de 3,1%, e nos últimos 12 meses, de 3,5%.
Em relação a igual mês do ano anterior, a atividade também expandiu-se em 0,6%. Analistas projetavam em média uma alta de 1,14% na comparação mensal.
Para Sandra Utsumi, eonomista-chefe do Bes Investimentos, o resultado decepcionou, mas tem seu lado positivo: "Veio bem fraco, mas qualitativamente o número veio relativamente positivo, porque mostra uma relativa recuperação dos bens de capital... enquanto os bens de consumo deram uma desacelarada."
Ela acredita, no entanto, que o fraco indicador pode ser um sinal de menor expansão do PIB no fim de 2005 do que o anteriormente previsto. " É provável que os dados de dezembro continuem apresentando crescimento na margem, mas não tem muito fôlego para uma expansão significativa. Isso pode levar a uma revisão para baixo das previsões de avanço do PIB do quarto trimestre."
Já Mario Mesquita, economista-chefe do ABN Amro, mostra visão mais pessimista: "O número é ruim. Sugere que a recuperação que se esperava no quarto trimestre, pelo menos até novembro, não tinha começado."
Para ele, os números da indústria mostram que a economia não vai bem, e que o Banco Central pode ser pressionado a fazer cortes mais profundos na taxa Selic. "É um sinal de economia fraca, o que aumenta a probabilidade de o Banco Central fazer um corte de juro mais agressivo na semana que vem, que seria de 0,75%."
Na Bolsa de Mercadorias & Futuros, todos os contratos de juros futuros operavam em queda. Com a expectativa de juros menores, o dólar operava em alta de 0,71% nesta manhã.
"Em síntese, os índices para novembro de 2005 mostram aumento discreto no ritmo produtivo da indústria, que há dois meses assinala taxas positivas", disse o IBGE em comunicado.
O instituto ressaltou, no entanto, que "como estes resultados não recuperam a queda observada na passagem de agosto para setembro (-2,2%), esta suave aceleração na produção em outubro e novembro não reverte a trajetória declinante verificada no índice de média móvel trimestral".
O índice de média móvel trimestral recuou 0,5% entre os trimestres encerrados em outubro e novembro.
Componentes Em relação a outubro, a produção de bens de capital teve o maior crescimento, de 2,2%. A atividade em bens intermediários avançou 0,2% e de bens de consumo semiduráveis e não-duráveis expandiu-se em 0,5%.
Apenas a produção de consumo duráveis teve queda, de 1,4%.
"A produção de bens intermediários e a de bens de consumo semiduráveis e não duráveis cresceram pelo segundo mês consecutivo... e, no entanto, não neutralizam as perdas observadas no mês de setembro", afirmou o instituto.
Entre as atividades, houve crescimento em 15 dos 23 ramos pesquisados, com destaque para Alimentos (2,2%), Máquinas, aparelhos e materiais elétricos (5,3%), Borracha e plástico (2,9%) e Perfumaria, sabões e produtos de limpeza (6,1%).
Sobre novembro de 2004, a atividade em bens de capital cresceu 4%.
Em bens de consumo semiduráveis e não duráveis houve avanço de 1,4%. Já a produção de bens de consumo duráveis caiu 0,1% e a de bens intermediários recuou 0,1%.
De janeiro a novembro de 2005, a atividade acumula crescimento de 3,1%, e nos últimos 12 meses, de 3,5%.
Fonte:
Só Notícias
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/326196/visualizar/
Comentários