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Internacional
Terça - 10 de Janeiro de 2006 às 12:19

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A presidente das Filipinas, Gloria Macapagal Arroyo, descartou deixar o cargo no próximo ano e acabará seu mandato em 2010, anunciou hoje, terça-feira, seu porta-voz e ministro filipino da Informação, Ignacio Bunye. Bunye precisou que a governante "foi escolhida para servir ao país até 2010 e ninguém pode tirar seu mandato, exceto o povo soberano mediante meios constitucionais".

No último quarto de século, as Filipinas expulsaram do poder dois chefes de Estado em revoltas populares pacíficas: a primeira acabou com a ditadura de Ferdinand Marcos em 1986 e a segunda pôs um fim ao Governo de Joseph Estrada por suposta corrupção em 2001.

"Os passos políticos para determinar a voz do povo estão em andamento: a reunião do Conselho de Estado e a reforma constitucional através do Congresso e a iniciativa popular", apontou Bunye, que é contra que se repita outra revolta popular.

Macapagal Arroyo convocou o Conselho de Estado para 24 de janeiro com a intenção de alcançar um consenso político o suficientemente forte e amplo para que prospere a mudança de um sistema presidencialista para outro parlamentar federalista que impulsiona.

A idéia desta transformação do sistema de Governo filipino provém do ex-presidente Fidel Ramos (1992-98), que precisamente ontem, segunda-feira, pediu que a governante deixe o cargo em 2007 pelo bem da nação.

Ramos assinalou que a melhor solução para a atual crise política é que Macapagal Arroyo lidere a reforma e se retire no próximo ano para estrear o novo sistema.

A presidente filipina pensou outro plano: um período de teste para o sistema parlamentar federalista.

Em 2007, ambas as câmaras se unificarão em um Legislativo unicameral e este elegerá um primeiro-ministro interino, que atuará até 2010 sob a tutela do Presidente da República (Macapagal Arroyo), pelo menos esta é a proposta que a interessada vai propor ao Parlamento para que a aprove.

A chefa do Estado filipino conta com a maioria suficiente na Câmara Baixa para que prospere seu projeto, a não ser que Ramos, do mesmo partido, decida romper com seus seguidores.

A credibilidade da governante filipina e seu apoio popular estão em níveis muito baixos desde que há oito meses foi acusada de cometer fraude nas eleições presidenciais de 2004.





Fonte: EFE

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