Líder norte-coreano chega a Pequim esta tarde, afirmam fontes

O líder da Coréia do Norte, Kim Jong-il, deve chegar a Pequim de trem na tarde de hoje, disseram fontes chinesas citadas pela agência sul-coreana Yonhap, que informou hoje sobre esta viagem secreta desse líder à China.

Embora não tenha havido confirmação oficial por parte de Pequim desta inusual viagem, fontes chinesas citadas por Yonhap indicaram que "um trem especial que leva Kim e sua comitiva passou por Dandong, uma cidade chinesa na fronteira com a Coréia do Norte, às 06h30 (20h30 de Brasília da segunda-feira).

Segundo estas informações, o trem deve chegar a Pequim por volta das 14h (06h00 de Brasília).

A Yonhap citou primeiro fontes militares e de inteligência da Coréia do Sul para alertar sobre a viagem de Kim Jong-il.

A rede de televisão sul-coreana YTN também citou fontes diplomáticas chinesas para confirmar que Kim estava a caminho de Pequim de trem.

A imprensa sul-coreana assinalou que, da mesma forma que outras poucas viagens ao exterior feitas anteriormente por Kim Jong-il, esta deveria permanecer em segredo até o último momento.

O líder norte-coreano sempre viaja de trem por ter medo de avião.

Dois jornalistas chineses citados pela Yonhap assinalaram esta manhã que foi elevada a segurança nas principais estações de duas cidades fronteiriças, Dandong e Shenyang, através das quais deveria passar esse trem blindado.

"A cena é similar à que vivemos em abril de 2004, a última vez que Kim Jong-il visitou a China, também de trem", disseram as fontes chinesas a Yonhap.

Kim viajou anteriormente à China em maio de 2000, em janeiro de 2001 e em abril de 2004.

Esta visita surpresa acontece em um momento de grande incerteza em torno do reatamento das negociações multilaterais sobre o desmantelamento dos programas de armamento nuclear norte-coreano.

Em novembro aconteceu a quinta rodada destas conversas, nas quais participam além das duas Coréias, EUA, China, Japão e Rússia.

O retorno ao diálogo era esperado para este mês, mas segue sem fixar uma data em meio às tensões geradas pelas sanções de Washington a Pyongyang pelo suposto tráfico de moeda americana falsa e dinheiro procedente do tráfico de drogas.