EUA: professor e psicoterapeuta são presos como espiões de Cuba

Um professor universitário e sua mulher, uma psicoterapeuta, foram presos hoje em Miami após serem acusados num tribunal de atuar como espiões do Governo de Cuba. Carlos Álvarez, de 61 anos, professor de Psicologia da Universidade Internacional da Flórida (FIU, na sigla em inglês), e sua mulher, Elsa Prieto Alvarez, de 55, foram acusados de utilizar um sistema cifrado para se comunicarem com seus contatos por meio de uma rádio de onda curta.

Por meio desse sistema de transmissão, o casal enviava e recebia mensagens de Cuba, disse o promotor Brian Frazier.

Frazier afirmou que Álvarez espionava para Cuba desde 1977, e sua mulher, desde 1982.

A maior parte das informações passadas pelos espiões era sobre a situação política nos Estados Unidos, incluindo nomes de personalidades da comunidade cubana no exílio do sul da Flórida e de pelo menos um agente do FBI, disse Frazier.

O casal foi preso hoje sem direito à fiança, já que, segundo a Promotoria, podem fugir para Cuba.

A próxima audiência do caso será em 19 de janeiro.

Em declarações à EFE, uma pessoa próxima ao casal disse que os dois "são muito simpáticos e sociáveis": "Ela é muito alegre. Ele é um pouco mais sério e retraído".

Segundo um porta-voz da FIU, "o casal utilizava a universidade como plataforma para suas operações".

Os acusados insistem em que seus trabalhos de espionagem se limitavam ao acompanhamento das atividades do exílio cubano.