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Internacional
Segunda - 09 de Janeiro de 2006 às 15:05

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Teerã - O comandante da força terrestre da Guarda revolucionária iraniana e outros dez oficiais morreram durante tentativa, nesta manhã, de pouso de emergência da aeronave que tripulavam, no noroeste do Irã, próximo à divisa com a Turquia. O acidente, que também vitimou a tripulação de bordo do avião modelo Falcon, é o segundo deste tipo no país desde 06 de dezembro, quando 116 pessoas faleceram nos arredores de Teerã.

As autoridades atribuíram a uma falha técnica a causa do acidente. Um porta-voz militar confirmou a morte do general Ahmed Kadhemi. A Guarda Revolucionária, considerada a coluna vertebral das forças militares do Irã, foi criada após o triunfo da revolução islâmica, em 1979, que derrotou o regime monárquico pró-ocidental do xá Mohamed Reza Pahlevi.

Kadhemi, considerado pelas autoridades iranianas como um dos heróis da guerra entre Irã e Iraque (1980-1988_, foi nomeado comandante da força terrestre em julho de 2005 pelo líder máximo do país, Ali Jamenei. A Guarda revolucionária, à qual pertencia o atual presidente do Irã, Mahmud Ahmadineyad, dispõe de forças aéreas, terrestres e marítimas. O governo anunciou que está aberta uma investigação para apurar as causas do acidente.

Vizinho como testemunha Rahim Qarbani, governador do Azerbaijão, país próximo do Irã e também fronteiriço com a Turquia, explicou que o aparelho se espatifou ao tentar fazer um pouso de emergência na cidade de Aromiya, capital daquele país, cerca de 900 km ao norte de Teerã. "O trem de pouso não funcionou", explicou Qarbani. Segundo o governante, o avião fazia um vôo interno entre as duas capitais.

Vôo cego A aviação iraniana tem uma das frotas aéreas menos confiáveis do mundo, composta em sua maioria por aviões fabricados na Rússia. As autoridades do país se queixaram em várias ocasiões que as sanções comerciais impostas pelos EUA há 30 anos impede a importação de aeronaves para reposição.

Na última década, o país foi cenário de diversos acidentes aéreos. O mais grave ocorreu em fevereiro de 2003, quando um aparelho Ilyushin-76 caiu no Sudeste do Irã, também por motivos técnicos. No acidente, 275 pessoas morreram, incluindo quase todos os membros do corpo da mesma Guarda Revolucionária que perdeu um de seus comandantes hoje.

E sei de dezembro passado, um outro avião militar, tipo AC-130 Hércules, se chocou contra um edifício durante tentativa de pouso forçado devido à falha em um de seus motores. Os 90 ocupantes também morreram. 26 pessoas que estavam no edifício também perderam a vida. Pelo menos 68 passageiros eram jornalistas na cobertura de manobras militares do Irã no golfo Pérsico.




Fonte: EFE

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