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Comissão desmentirá suposta clonagem feita por sul-coreano
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O sul-coreano Hwang Woo-suk falsificou não só suas experiências sobre células-tronco publicadas em 2005, como também a clonagem de embriões humanos anunciada um ano antes, disseram hoje fontes ligadas à comissão que emitirá amanhã seu veredicto final sobre o cientista.
"Não existiram as células-tronco, e Hwang também falsificou o artigo de 2004 para a (revista americana) Science", afirmou a agência de notícias Yonhap citando as informações vindas da Universidade Nacional de Seul, encarregada da investigação.
As fontes informaram que uma cuidadosa análise do DNA apontou que as células-tronco anunciadas no artigo da Science como obtidas a partir de supostos embriões humanos clonados foram resultado de uma mutação por partenogênese (desenvolvimento a partir de óvulo não fecundado).
Este tipo de geração pareceria com a criação de uma célula-tronco autêntica.
A revista Science publicou, em maio de 2005, que a equipe de Hwang obteve 11 células-tronco de embriões humanos clonados usando 185 óvulos.
Hwang já havia se tornado herói da ciência sul-coreana e mundial quando, em fevereiro de 2004, anunciou que havia clonado pela primeira vez embriões humanos para uso médico.
As pesquisas incluiram o especialista sul-coreano na vanguarda dos estudos genéticos humanos que utilizam as descobertas sobre células-tronco para tratar doenças incuráveis, como a aids, o mal de Parkinson e o diabetes.
Apesar das dúvidas que já haviam surgido sobre o resultado dos experimentos de 2004 e da possibilidade de que a partenogênese tivesse permitido os resultados, Hwang desprezou as críticas.
As informações vazadas hoje deverão constar do relatório que a Universidade Nacional de Seul divulgará amanhã sobre o cientista.
Mas estudos anteriores já tinham indicado a falsificação dos resultados de Hwang.
A confirmação de que não existiram células-tronco será o golpe final para o professor. Ele sempre defendeu que conseguiu criá-las e que futuros testes lhe dariam a razão e salvariam sua reputação.
As fontes citadas pela Yonhap também indicaram que a tecnologia utilizada pela equipe de Hwang também não era tão avançada e, portanto, não será solicitada a repetição de todas as experiências realizadas pelo professor e sua equipe.
"Seria gasto de tempo e dinheiro", disseram à agência sul-coreana. A polêmica em torno do trabalho de Hwang começou em novembro, quando foi revelado que seus colaboradores pagaram mulheres doadoras para obter óvulos. As investigações também mostraram que foram usados óvulos doados por dois membros da equipe, contra os princípios éticos profissionais. O professor pediu perdão e se afastou dos cargos públicos que ocupava.
Mais tarde, um programa da rede de televisão sul-coreana MBC questionou a veracidade das conquistas de Hwang e o acusou de manipular os dados da pesquisa, o que desencadeou o calvário pessoal do cientista.
Após o resultado das investigações acadêmicas, deverá ser constituído um tribunal universitário para determinar o tipo de sanção que será imposta a Hwang e seus colaboradores.
Hwang pediu perdão em várias ocasiões e disse que assumirá a responsabilidade pelos erros cometidos em suas investigações. No entanto, continuou insistindo que dispunha da tecnologia necessária para criar as células-tronco de embriões humanos.
O Governo sul-coreano ofereceu US$ 26,5 milhões diretamente para Hwang em fundos para a pesquisa. Também estava construindo um centro científico batizado com o nome do cientista, que deveria ser inaugurado em outubro de 2006.
"Não existiram as células-tronco, e Hwang também falsificou o artigo de 2004 para a (revista americana) Science", afirmou a agência de notícias Yonhap citando as informações vindas da Universidade Nacional de Seul, encarregada da investigação.
As fontes informaram que uma cuidadosa análise do DNA apontou que as células-tronco anunciadas no artigo da Science como obtidas a partir de supostos embriões humanos clonados foram resultado de uma mutação por partenogênese (desenvolvimento a partir de óvulo não fecundado).
Este tipo de geração pareceria com a criação de uma célula-tronco autêntica.
A revista Science publicou, em maio de 2005, que a equipe de Hwang obteve 11 células-tronco de embriões humanos clonados usando 185 óvulos.
Hwang já havia se tornado herói da ciência sul-coreana e mundial quando, em fevereiro de 2004, anunciou que havia clonado pela primeira vez embriões humanos para uso médico.
As pesquisas incluiram o especialista sul-coreano na vanguarda dos estudos genéticos humanos que utilizam as descobertas sobre células-tronco para tratar doenças incuráveis, como a aids, o mal de Parkinson e o diabetes.
Apesar das dúvidas que já haviam surgido sobre o resultado dos experimentos de 2004 e da possibilidade de que a partenogênese tivesse permitido os resultados, Hwang desprezou as críticas.
As informações vazadas hoje deverão constar do relatório que a Universidade Nacional de Seul divulgará amanhã sobre o cientista.
Mas estudos anteriores já tinham indicado a falsificação dos resultados de Hwang.
A confirmação de que não existiram células-tronco será o golpe final para o professor. Ele sempre defendeu que conseguiu criá-las e que futuros testes lhe dariam a razão e salvariam sua reputação.
As fontes citadas pela Yonhap também indicaram que a tecnologia utilizada pela equipe de Hwang também não era tão avançada e, portanto, não será solicitada a repetição de todas as experiências realizadas pelo professor e sua equipe.
"Seria gasto de tempo e dinheiro", disseram à agência sul-coreana. A polêmica em torno do trabalho de Hwang começou em novembro, quando foi revelado que seus colaboradores pagaram mulheres doadoras para obter óvulos. As investigações também mostraram que foram usados óvulos doados por dois membros da equipe, contra os princípios éticos profissionais. O professor pediu perdão e se afastou dos cargos públicos que ocupava.
Mais tarde, um programa da rede de televisão sul-coreana MBC questionou a veracidade das conquistas de Hwang e o acusou de manipular os dados da pesquisa, o que desencadeou o calvário pessoal do cientista.
Após o resultado das investigações acadêmicas, deverá ser constituído um tribunal universitário para determinar o tipo de sanção que será imposta a Hwang e seus colaboradores.
Hwang pediu perdão em várias ocasiões e disse que assumirá a responsabilidade pelos erros cometidos em suas investigações. No entanto, continuou insistindo que dispunha da tecnologia necessária para criar as células-tronco de embriões humanos.
O Governo sul-coreano ofereceu US$ 26,5 milhões diretamente para Hwang em fundos para a pesquisa. Também estava construindo um centro científico batizado com o nome do cientista, que deveria ser inaugurado em outubro de 2006.
Fonte:
Terra
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/326500/visualizar/
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