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Mato-grossenses confirmam desvalorização de terras
O consultor agrícola, Gilmar Rizzardi, da SoloPlanta Consultoria, em Lucas do Rio Verde (360 quilômetros ao Médio Norte de Cuiabá) explica que diante da crise no setor, a oferta de terras aumentou, mas a procura {compra} é nula. “O produtor que tem algum capital está pagando compromissos e não pensa em adquirir terras ou arrendá-las”.
Ele conta que um produtor, que abandonou a atividade agrícola em 2005, vendeu as terras e negociou o pagamento para cinco anos. “As terras anteriormente avaliadas em cerca de 350 sacas de soja por hectare (ha), foram comercializadas por menos de 300 sacas/ha. O ex-produtor perdeu duas vezes, pois além de reduzir o volume de sacas pelo hectare vendido, perdeu dinheiro com a desvalorização da saca ao longo do ano. E transformando isso em real, a perda será ainda maior”, avalia.
As terras são a principal garantia dada pelos produtores para tomada de financiamentos. O gerente de mercado de Agronegócios da superintendência do Banco do Brasil em Mato Grosso, Olímpio Vasconcelos, confirma a redução no preço das terras. “Tenho de fazer um levantamento para apontar as perdas em percentuais, mas a soja é a indexadora dos preços no Estado, a medida em que a saca se desvaloriza, tudo que é negociado com esta ‘moeda’, sofre o efeito negativo”.
Em Primavera do Leste (239 quilômetros ao Centro-Leste de Cuiabá), a saca somente neste início de mês está desvalorizada em 10%, “em plena entressafra”. O presidente do Sindicato Rural local, José Nardes, confirma uma desvalorização na cotação da terra de cerca de 30% na região, se comparada aos preços de 2003 e 2004.
PESSIMISMO - Para os principais atores do agronegócio estadual, 2006 será um ano pior do que foi 2005, o primeiro ano da crise do setor nesta década.
O pessimismo vem do lado prático da história. “O ano mal começou e enfrentamos problemas com o preço da saca da soja, em plena entressafra. Sem qualquer sinalização de reação, seja por meio da valorização do dólar, ou das cotações do mercado internacional, não há como crer em um 2006 melhor”, sentencia Nardes.
Ele antecipa como será o novo ano. “Vamos estar novamente com déficits no saldo entre receita e despesa. Não vamos pagar nem as contas velhas {prorrogadas da safra passada para março de 2006} e nem vamos honrar as que estão por vencer durante o ano. Contas ficarão encavaladas”. Resultado disso, segundo Nardes, será a ampliação da oferta de terras, ou seja, “a tendência é que o preço do hectare despenque mais no Estado, no decorrer de 2006”. (MP)
Ele conta que um produtor, que abandonou a atividade agrícola em 2005, vendeu as terras e negociou o pagamento para cinco anos. “As terras anteriormente avaliadas em cerca de 350 sacas de soja por hectare (ha), foram comercializadas por menos de 300 sacas/ha. O ex-produtor perdeu duas vezes, pois além de reduzir o volume de sacas pelo hectare vendido, perdeu dinheiro com a desvalorização da saca ao longo do ano. E transformando isso em real, a perda será ainda maior”, avalia.
As terras são a principal garantia dada pelos produtores para tomada de financiamentos. O gerente de mercado de Agronegócios da superintendência do Banco do Brasil em Mato Grosso, Olímpio Vasconcelos, confirma a redução no preço das terras. “Tenho de fazer um levantamento para apontar as perdas em percentuais, mas a soja é a indexadora dos preços no Estado, a medida em que a saca se desvaloriza, tudo que é negociado com esta ‘moeda’, sofre o efeito negativo”.
Em Primavera do Leste (239 quilômetros ao Centro-Leste de Cuiabá), a saca somente neste início de mês está desvalorizada em 10%, “em plena entressafra”. O presidente do Sindicato Rural local, José Nardes, confirma uma desvalorização na cotação da terra de cerca de 30% na região, se comparada aos preços de 2003 e 2004.
PESSIMISMO - Para os principais atores do agronegócio estadual, 2006 será um ano pior do que foi 2005, o primeiro ano da crise do setor nesta década.
O pessimismo vem do lado prático da história. “O ano mal começou e enfrentamos problemas com o preço da saca da soja, em plena entressafra. Sem qualquer sinalização de reação, seja por meio da valorização do dólar, ou das cotações do mercado internacional, não há como crer em um 2006 melhor”, sentencia Nardes.
Ele antecipa como será o novo ano. “Vamos estar novamente com déficits no saldo entre receita e despesa. Não vamos pagar nem as contas velhas {prorrogadas da safra passada para março de 2006} e nem vamos honrar as que estão por vencer durante o ano. Contas ficarão encavaladas”. Resultado disso, segundo Nardes, será a ampliação da oferta de terras, ou seja, “a tendência é que o preço do hectare despenque mais no Estado, no decorrer de 2006”. (MP)
Fonte:
Diário de Cuiabá
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/326637/visualizar/
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