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Terras em MT: Cotação cai até 50%
Acomodação ou redução. Talvez o mercado de terras no Estado, depois de picos de preços entre março/abril e maio/junho de 2004, esteja retornando aos patamares históricos de preços, uma ressaca, após a euforia da soja. Enquanto a acomodação vai se dando pelo interior mato-grossense e em áreas do Centro-Oeste, as primeiras avaliações da FNP Consultoria revelam quedas de cotação de até 50% ao Sul de Cuiabá, comparadas ao mercado de terras de 2004.
As projeções são de que, por conta da crise instaurada no agronegócio, os preços de 2004 somente sejam retomados, e até superados, daqui a 10 anos.
Segundo o levantamento da FNP, áreas entre Rondonópolis (210 quilômetros ao Sul de Cuiabá) e de Itiquira (359 quilômetros ao Sul de Cuiabá) acumulam, em um intervalo de apenas 12 meses, desvalorização de 38% a 50%.
“É claro que propriedades mais próximas a cidade de Rondonópolis não contabilizam quedas acentuadas, mas, avançando até Itiquira, o percentual de desvalorização chega a 50%”, explica o analista da FNP e engenheiro agrônomo, Pablo Paulino Lopes.
Em Itiquira, próxima à divisa entre os estados de Mato Grosso do Sul e Mato Grosso, o preço do hectare (ha) cotado a até R$ 3,1 mil em outubro de 2004, está atualmente entre R$ 1,5 mil/ha e R$ 1,6 mil/ha.
Lopes observa ainda que o mercado de terras passa por um momento de falta de liquidez. “Os preços da soja influenciam na formação dos preços das terras, afinal, cerca de metade dos mais de 40 milhões/ha plantados são cobertos pela oleaginosa”.
O analista revela que as áreas que contabilizam índices de redução estão em Diamantino, Itiquira, Pedra Preta, Primavera do Leste e Campo Verde, em maioria, as regiões são formadas por solos mais arenosos, que demandam maiores investimentos em tecnologias e insumos por parte do produtor rural e, por isso, estão sendo deixadas de lado. Mesmo com este balcão de ofertas, “vemos negócios praticamente parados e o que ocorre é um movimento de ‘devolução’ de áreas arrendadas. Há poucos compradores interessados”.
A FNP concentra as análises a partir de uma série histórica de preços médios dos últimos três anos. O registro do pico de preços no Estado foi entre março/abril e maio/junho de 2004, quando chegou a um preço médio máximo de R$ 2,39 mil o hectare.
Atualmente, com dados apurados em outubro, a Consultoria aponta um preço médio para terras em Mato Grosso de R$ 1,82 mil/ha. Há um ano, a média oscilava próxima aos R$ 2 mil/ha.
Nos últimos 12 meses - de novembro de 2004 a outubro de 2005 -, as áreas que mais perderam valor foram as destinadas à soja e ao algodão nos municípios de Diamantino (209 quilômetros ao Médio Norte de Cuiabá) e Nova Ubiratã – a mais de 400 quilômetros de distância de Cuiabá, também no Médio Norte -, que passaram de uma média de R$ 5,50 mil para R$ 3,75 mil.
Em Sorriso (460 quilômetros ao Médio Norte de Cuiabá) – maior produtor mundial de soja – a redução na cotação do hectare de setembro de 2004, para setembro de 2005, é de 26,67%. Caiu de R$ 7,5 mil/ha para 5,5 mil/ha. “Em 2004 houve a valorização da região, pois em setembro de 2002, o preço médio era de R$ 7,1 mil/ha.
As projeções são de que, por conta da crise instaurada no agronegócio, os preços de 2004 somente sejam retomados, e até superados, daqui a 10 anos.
Segundo o levantamento da FNP, áreas entre Rondonópolis (210 quilômetros ao Sul de Cuiabá) e de Itiquira (359 quilômetros ao Sul de Cuiabá) acumulam, em um intervalo de apenas 12 meses, desvalorização de 38% a 50%.
“É claro que propriedades mais próximas a cidade de Rondonópolis não contabilizam quedas acentuadas, mas, avançando até Itiquira, o percentual de desvalorização chega a 50%”, explica o analista da FNP e engenheiro agrônomo, Pablo Paulino Lopes.
Em Itiquira, próxima à divisa entre os estados de Mato Grosso do Sul e Mato Grosso, o preço do hectare (ha) cotado a até R$ 3,1 mil em outubro de 2004, está atualmente entre R$ 1,5 mil/ha e R$ 1,6 mil/ha.
Lopes observa ainda que o mercado de terras passa por um momento de falta de liquidez. “Os preços da soja influenciam na formação dos preços das terras, afinal, cerca de metade dos mais de 40 milhões/ha plantados são cobertos pela oleaginosa”.
O analista revela que as áreas que contabilizam índices de redução estão em Diamantino, Itiquira, Pedra Preta, Primavera do Leste e Campo Verde, em maioria, as regiões são formadas por solos mais arenosos, que demandam maiores investimentos em tecnologias e insumos por parte do produtor rural e, por isso, estão sendo deixadas de lado. Mesmo com este balcão de ofertas, “vemos negócios praticamente parados e o que ocorre é um movimento de ‘devolução’ de áreas arrendadas. Há poucos compradores interessados”.
A FNP concentra as análises a partir de uma série histórica de preços médios dos últimos três anos. O registro do pico de preços no Estado foi entre março/abril e maio/junho de 2004, quando chegou a um preço médio máximo de R$ 2,39 mil o hectare.
Atualmente, com dados apurados em outubro, a Consultoria aponta um preço médio para terras em Mato Grosso de R$ 1,82 mil/ha. Há um ano, a média oscilava próxima aos R$ 2 mil/ha.
Nos últimos 12 meses - de novembro de 2004 a outubro de 2005 -, as áreas que mais perderam valor foram as destinadas à soja e ao algodão nos municípios de Diamantino (209 quilômetros ao Médio Norte de Cuiabá) e Nova Ubiratã – a mais de 400 quilômetros de distância de Cuiabá, também no Médio Norte -, que passaram de uma média de R$ 5,50 mil para R$ 3,75 mil.
Em Sorriso (460 quilômetros ao Médio Norte de Cuiabá) – maior produtor mundial de soja – a redução na cotação do hectare de setembro de 2004, para setembro de 2005, é de 26,67%. Caiu de R$ 7,5 mil/ha para 5,5 mil/ha. “Em 2004 houve a valorização da região, pois em setembro de 2002, o preço médio era de R$ 7,1 mil/ha.
Fonte:
Diário de Cuiabá
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/326639/visualizar/
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