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Cidades/Geral
Segunda - 09 de Janeiro de 2006 às 07:20

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Dentro da penitenciária do Pascoal Ramos, Célio manteve o perfil que o tornou um pistoleiro perfeito. Calado, reservado, discreto, seco e frio. Jamais quebrou o silêncio desde que foi preso, por participação em homicídios tramados e executados pelo crime organizado. Nem mesmo diante dos júris, que o condenaram a 55 de detenção falou se quer para se defender. No módulo de aço, que dividia com outros dois detentos, o mesmo silêncio de sempre.

Este comportamento, mantido inclusive em contextos extremamente desfavoráveis, teria, na opinião do delegado Luciano Inácio, um objetivo que, após a fuga, ficou nítido. Com esta fidelidade canina, esperava contar com o apoio de pessoas a quem prestou serviços - não só da organização de Arcanjo - para escapar. Célio, sendo como é, ganhou respeito e está em alta conta no mundo da pistolagem, opina o delegado.

Para o secretário adjunto de Justiça, Sebastião Ribeiro, Célio é um foragido perigoso. Segundo ele, 99% dos detentos que escapam também são. "Demonstram, com isso, que não têm intenção de se reabilitar e que têm sangue frio o suficiente para realizar o plano", observa. Em liberdade, alguns representam, na opinião dele, até mais perigo, como os latrocidas que matam para roubar, diferentemente de Célio, que era contratado para matar.

Diferentemente de Hércules Araújo Agostinho, comparsa de Célio que acabou contando tudo ou quase tudo que sabe sobre o crime organizado, Célio tornou-se um "túmulo".(KW)




Fonte: A Gazeta

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