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Nacional
Segunda - 09 de Janeiro de 2006 às 07:06

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O PMDB e o PSDB costuram nos bastidores uma aliança de olho no Palácio do Planalto. As conversas entre lideranças dos dois partidos se intensificaram nos últimos dias. Porém, internamente, os peemedebistas sofrem com o racha: uma ala quer que as prévias ocorram em março, enquanto a outra defende o adiamento.

Na dúvida, a executiva peemedebista se reúne em Brasília no próximo dia 24. "Dificilmente as prévias de março serão adiadas. Podem não ocorrer no dia 5, como está marcado, mas não em outro mês", afirmou uma das lideranças da bancada. "O PMDB é bastante heterogêneo, mas nem por isso vamos deixar de definir um nome para ser o candidato do partido", completou outro integrante da legenda.

Na sexta, o governador do Rio Grande do Sul, Germano Rigotto (PMDB), foi a Brasília especialmente para um encontro com o governador do Distrito Federal, Joaquim Roriz (PMDB), de quem espera obter apoio. Em uma segunda etapa de conversas, Rigotto irá a Curitiba, onde conversa com o governador do Paraná, Roberto Requião, e depois a Santa Catarina, onde debaterá o assunto com o governador Luiz Henrique. A idéia é obter apoio até a sua desincompatibilização do cargo - que ocorrerá entre os próximos dias 21 e 24.

Paralelamente, o secretário de Governo e de Coordenação do Rio de Janeiro, Anthony Garotinho, também age. Nos últimos dias, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) conversou com ele e com o presidente do PMDB, Michel Temer (SP). No bate-papo, falaram muito de política e trataram de marcar novos encontros "mais para frente".

Esta semana foi a vez de Temer se encontrar com dois virtuais candidatos ao Planalto pelo PSDB: o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, e o prefeito paulista, José Serra. Em tom amistoso, prometeram manter contato e dar continuidade às conversas. "O caminho é o da coalisão, não restam dúvidas", disse um deles.

Apesar de ter avisado ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva que deixará o comando do Supremo Tribunal Federal no começo de março, o ministro Nelson Jobim ainda não oficializou ao PMDB que pretende concorrer ao Planalto. Seja como for, até o fleumático Rigotto, que evita falar mal de Jobim, exige a realização de prévias no partido. "A prévia é fundamental. Quem quiser ser candidato terá de passar por ela", criticou, sutilmente.

Mesmo com todas as articulações, a ala governista do PMDB ainda sonha com uma aliança com o PT. À frente das negociações, o presidente do Senado, Renan Calheiros (AL), e o líder da bancada no Senado, Ney Suassuna (PB). As cartas estão na mesa, mas os jogadores ainda tentam as melhores posições para o jogo.




Fonte: Agência Nordeste

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