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Saúde
Segunda - 09 de Janeiro de 2006 às 06:53

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Um estudo internacional revelou que o Brasil ocupa, ao lado da Malásia, o título de campeão mundial em morte por sepse grave, uma resposta inflamatória a uma infecção. Conhecida antigamente por septicemia ou infecção generalizada, a doença mata 400 mil brasileiros por ano e tem um custo anual de R$ 17 bilhões ao sistema hospitalar, sendo que R$ 10 bilhões são gastos com pessoas que acabam morrendo.

Uma pessoa com pneumonia (ou outra infecção) pode desenvolver sepse, dentro ou fora do hospital. Os sintomas freqüentes são febre, taquicardia, respiração rápida, confusão mental, pressão baixa e menor volume de urina. Não tratada a tempo, pode progredir e comprometer outros órgãos causando a disfunção orgânica múltipla. É a sepse grave.

Para os especialistas, uma das principais razões que levam o país a liderar o índice de mortes por sepse grave é o fato de os profissionais de saúde desconhecerem como diagnosticar e tratar a doença precocemente. Na fase grave, as chances de cura não ultrapassam 40%.

O estudo, chamado "Progress", avaliou 12 mil pacientes com sepse grave de 36 países. A taxa média de mortalidade foi de 36%, variando de 22% (Austrália) a 56% (Brasil e Malásia). O nível de gravidade dos doentes foi semelhante em todos os países. No Brasil, que participou com 921 pacientes de dez hospitais públicos e privados, o trabalho foi coordenado pelo Instituto Latino Americano de Sepse (Ilas) entre março de 2003 e março de 2005.




Fonte: Terra

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